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terça-feira, 20 de novembro de 2012

3ª Igreja – Pérgamo (313–538) Ap 2:12 a 17.


E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz Aquele que tem a espada aguda de dois fios: Eu sei as tuas obras e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome e não negaste a minha fé...
Tenho contra ti: tens lá os que seguem a doutrina de Balaão... Balaque ensinou os filhos de Israel comerem dos sacrifícios da idolatria,  e se prostituírem.
...Tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas...

Arrepende-te... senão virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca...

Ao que vencer... darei a comer do maná escondido... dar-lhe-ei uma pedra branca... e um novo nome” (Ap 2:12-17)

Pérgamo “foi fundada pelos gregos. Tornou-se mais conhecida a partir do século III a. C.
Possuía uma biblioteca que chegou a ter uma coleção de 200.000 manuscritos. Esta biblioteca provocou os ciúmes de Ptolomeu V do Egito, que, com medo de que essa biblioteca sobrepujasse a de Alexandria, proibiu então a exportação do papiro para a Ásia Menor.

Pérgamo, então, foi forçada a buscar uma alternativa, e daí surgiram os pergaminhos, os mais belos e finos materiais escritos já conhecidos.
O pergaminho é feito de couro extraído da pele de animais novos, tais como bezerros, ovelhas ou cabritos”.

“A cidade de Pérgamo possuía muitos templos. Seus deuses: Dionísio, o deus boi; Baco, o deus do vinho; Vênus, a deusa do amor; Atena; e o santuário de Demétrio, onde um altar foi encontrado com a inscrição ´ao deus desconhecido`. 

Os mais famosos são o Altar de Zeus e o templo de Esculápio, deus da cura e da medicina, adorado na forma de uma Serpente, um dos nomes e símbolo de Satanás”.

“Pérgamo é conhecida como a cidade em que foi instituído o primeiro culto a um imperador romano vivo; era também a capital mundial do culto ao deus sol. 

Tornou-se a capital da província romana na Ásia Menor por dois séculos e meio. Ali, os imperadores de Roma, a começar com Júlio e Augusto, tomaram as honras e títulos reais e se consideraram divinos, e nisto foram imitados mais tarde pelos papas”.

Per, é uma preposição. Gamos, no grego significa ´união`, ´casamento`. Isto foi exatamente o que aconteceu no período de Pérgamo, o casamento da Igreja Cristã com o mundo.

Quando o Cristianismo casou-se com o mundo, deu origem à Grande Babilônia. O período desta igreja começou com o imperador Constantino abraçando a causa da igreja e decretando tolerância religiosa para com todos os cristãos.

Acontecia a ´institucionalização da igreja e do clero`; a igreja se estabeleceu não sobre a rocha Eterna, Jesus, mas sob o favor e proteção do estado”.

“As igrejas cristãs até então, não tinham templos, estes começaram a ser construídos, especialmente nos locais sagrados, no reinado de Constantino, o primeiro imperador romano a adotar o cristianismo como religião oficial.

Na Terra Santa já foram escavadas quase duzentas igrejas, construídas entre os séculos IV e VIII. Este período assinala o sucesso de Satanás em unir o Estado e a Igreja”.

“Em Pérgamo estava o próprio ´trono de Satanás`, o quartel general dos balaamitas e dos nicolaítas, dentro da igreja. Houve total tolerância ao erro.

        Balaão significa “destruição do povo”;

       Nicolau significa “governar o povo”.

   Balaão fez com que o povo de Israel comesse dos sacrifícios da idolatria (Ap 2:14).

  A doutrina nicolaíta instituiu as cerimônias e pompa pagãs e judaicas na igreja, misturando-as com os ritos pagãos”.

        “Contrariando a Palavra de Deus que afirma que na Nova Aliança, não existe um sistema sacerdotal terrestre, mas unicamente o sacerdócio de Jesus no Santuário do Céu (I Tm 2:5; Hb 4:14-16; 8:1-2, 13; 9:11-12) a doutrina nicolaíta instituiu o clero e a sucessão apostólica; uma mistura de paganismo e judaísmo.

“Os judaizantes de Ap 2:9 e os nicolaítas tinham o mesmo objetivo: implantar um sistema sacerdotal terrestre; destruir o conceito do sacerdócio único e superior de Jesus no Santuário do Céu. Estes são chamados por Deus de ´a sinagoga de Satanás`(Ap 2:9).

Trono de Satanás, é uma expressão que tem dupla aplicação:

       Aplica-se à igreja que se tornou a fortaleza dos balaamitas e nicolaítas e

  Aplica-se também à cidade que era a capital mundial do culto ao deus sol.

“O centro do culto a Satanás, iniciado na antiga Babilônia, foi transferido para Pérgamo,e posteriormente para Roma”.

“Visto que o período representado por Pérgamo foi o do desenvolvimento do papado (313 – 538), pode-se entender a expressão´trono de Satanás` como sendo principalmente uma referência ao centro da adoração papal: Roma”.

“Historicamente a igreja de Pérgamo representa o período do cristianismo de 313 a 538 d. C., período em que a Igreja Cristã deixou de ser perseguida e tornou-se a igreja imperial... Satanás tirou os cristãos das catacumbas e elevou-os à posição de Igreja do Estado, a menina dos olhos do imperador Constantino, cuja conversão foi oficialmente anunciada em 323 d. C.”.

‘Quase imperceptivelmente os costumes do paganismo tiveram ingresso na Igreja Cristã... Cessando a perseguição e entrando o cristianismo nas cortes e palácios dos reis, pôs ela de lado a humilde simplicidade de Cristo e Seus apóstolos, em troca da pompa e orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos; e em lugar das ordenanças de Deus colocou teorias e tradições humanas” (Grande Conflito, 47-48).

Constantino “depois de garantir aos cristãos total liberdade religiosa (313 d. C.), emitiu uma série de decretos favorecendo o cristianismo. Finalmente o Império Romano como um todo tornou-se um suporte à Igreja Cristã, e o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano” (337).

“Satanás tentou, sem sucesso, destruir o cristianismo através da força, da violência e da perseguição. Então ele mudou de estratégia no período de Pérgamo, ele se juntou à igreja trazendo para dentro dela o paganismo com seus ídolos, feriados, e festas e colocando ali o seu trono, ´onde deveria estar o trono de Deus`. (Testimonies for the Church, vol 6, 236)”.

“A doutrina de Balaão (aquele que destrói o povo):

    vender as bênçãos de Deus;

  unir o povo de Deus com o paganismo (Nm 25; 31:16).

Balaão já havia sido um bom homem e profeta de Deus, assim como o bispo de Roma a princípio era um homem de Deus; mas Balaão apostatou e entregou-se à cobiça; todavia, professava ser servo do Altíssimo. O mesmo ocorreu com os bispos da Igreja Cristã em Roma”.

A doutrina dos nicolaítas – Irineu, o mais antigo autor cristão diz: É muito claramente visto no Apocalipse que os nicolaítas praticavam a fornicação e comiam dos sacrifícios da idolatria, como se fossem coisas permitidas aos cristãos”.

     O próprio nome vem da junção de duas palavras a primeira significando “governar, conquistar”, e a segunda “povo”.

 “Hoje, a Igreja Romana é governada por hierarquia. O papa vem primeiro, depois os cardeais, então os bispos, e em seguida os sacerdotes. O membro individual não pode falar nada em questão de doutrinas ou práticas... É um sistema que visa destruir importantes princípios da Palavra de Deus”.

Princípios bíblicos que foram destruídos pela hierarquia clerical:

  A divisão dentro do corpo de Cristo, que é a igreja.

Como um todo ela foi chamada para ser “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, e o povo adquirido...” (I Pe 2:9). “Não é o clero, mas a igreja que é chamada e revestida de poder para anunciar as novas do evangelho”. O sistema organizacional da IASD é o representativo.

  A destruição do Sacerdócio de Jesus no Santuário Celestial.

“O sacerdócio terrestre é bíblico, porém, temporal. Quando Jesus morreu, Seu sangue ratificou o Novo Concerto, e ao Ele ascender ao Céu foi feito por ordem direta de Deus, Sacerdote Eterno do Verdadeiro Santuário (Hb 8:1-2), do qual o santuário terrestre foi somente uma ilustração válida para o seu tempo, mas que acabou” (Hb 8:13).

“Deus não está falando aqui de pessoas e sim de um sistema sacerdotal e hierárquico que assume ares de superioridade e santidade que se opõe a Deus... Foi no período de Pérgamo que o bispo de Roma começou a abrir e ver o potencial que tinha para governar, dominar e legislar sobre o povo de Deus, sobre os demais bispos, e ao mesmo tempo enriquecer-se com a venda das bênçãos divinas (indulgências). 

Balaão ´amou o prêmio da injustiça` (II Pe 2:15)... Ele reconhecia o verdadeiro Deus e professava servi-lo, mas esperava fazer do serviço a Jeová a escada para aquisição de riquezas, honras e glorias mundanas. Com idênticas semelhanças o bispo de Roma fez o mesmo com a Igreja Cristã no período de Pérgamo”.

Informações interessantes:

    Ninrode era filho de Cusí, filho de Can (Gn 10:6-10).

        Ninrode começou a construir a Torre de Babel e daí a Grande Babilônia.

    Em Babilônia o povo adorava o fogo, o sol, a lua, as estrelas e várias outras forças da natureza.

        Ninrode era tido em Babilônia como o principal deus.

  Marduque era a forma comum do nome de Ninrode, mais tarde identificado como Bel (CBV, 51).

    Em Babilônia nasceu a astrologia, o ocultismo, as filosofias pagãs e os falsos ensinos.

       Objetivo: afastar o mundo das verdades bíblicas e do conhecimento de Deus. Esse sistema espalhou-se rapidamente, e hoje existe a Babilônia espiritual (A grande meretriz e suas filhas).

“Ele, o próprio diabo, uniu-se ao cristianismo, tornando-o a religião do Império Romano (337 d. C.), e com isso conseguiu introduzir na Igreja Cristã toda sorte de práticas e ensinamentos pagãos”.

Alguns exemplos de práticas e ensinamentos
introduzidos no cristianismo:

  A Páscoa. “Era uma festa profética, pois apontava para a morte do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e era comemorada sempre no dia 14 de Nisã, que podia cair em qualquer um dos sete dias da semana. Jesus morreu exatamente no dia da Páscoa, 14 de Nisã, uma sexta-feira do ano 31. A festa que apontava para a ressurreição de Jesus não era a Páscoa, e sim a festa das Primícias, sempre no dia 16 de Nisã” (Lv 23:5-6, 9-14).

Por que a Páscoa é comemorada atualmente no mesmo dia da semana, o domingo? Por que os cristãos atualmente, usam coelhos e ovos como símbolos da Páscoa?

“Babilônia tinha uma deusa chamada Ishtar, a deusa da reprodução e da fertilidade. Na primavera era honrada como a doadora da vida. Os ovos, um símbolo da fertilidade, e os coelhos, como sendo prolíficos reprodutores, eram também adorados. O dia de adoração a Ishtar era sempre um domingo... Constantino pegou o dia de adoração a Ishtar e transformou-o em o dia da ressurreição de Jesus, o doador da vida. Roma Papal continuou a promover isso até que se espalhou por toda a cristandade”.

O Natal

“Em Babilônia o sol era adorado como um dos deuses supremos. Tamuz era o nome do deus sol. A adoração ao sol foi introduzida na igreja de Deus já nos tempos de apostasia do Velho Testamento (Ez 8:14-16). Em Babilônia, à medida em que os dias iam ficando cada vez mais curtos, o povo temia que o sol estivesse morrendo.

“No dia 22 de dezembro, o dia mais curto do ano, os adoradores do sol começavam uma série de rituais e sacrifícios ao deus sol, inclusive com sacrifícios humanos, apelando para que o sol retornasse para um novo ano.

No dia 25 eles percebiam que o dia começava a ficar mais longo novamente, e nesse dia eles tinham uma grande celebração de regozijo pelo renascimento do sol.

Esse costume foi praticado não só em Babilônia, mas também em Roma.

Constantino fez com a data de 25 de dezembro, o mesmo que fez com a Páscoa.

Substituiu o nascimento do sol pelo nascimento de Jesus. Roma Papal aceitou e promoveu essa data espalhando-a por toda a cristandade”.

O Domingo.

“Em Babilônia o povo adorava o deus sol, Tamuz. O dia escolhido para adoração era o primeiro dia da semana, em inglês chamado de ´Sunday`, o dia do sol. Essa adoração foi praticada pelos reinos que sucedera Babilônia: Medo-Pérsia, Grécia, Roma. Até mesmo o povo de Deus, quando em apostasia, praticou essa adoração”.

E levou-me à entrada da porta da casa do Senhor; que está da banda do norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz  (o deus sol). E disse-me: viste filho do homem? Verás ainda abominações maiores que estas. E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor, e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o Oriente; e eles adoravam o sol virados para o Oriente” (Ez 8:14-16).

“Deus falou que isso era uma abominação para Ele.
Assim como Roma imperial, pagã papal continuou essa adoração ao sol no primeiro dia da semana, Roma papal simplesmente adotou isso e continuou a propagar esse ensinamento pagão por toda a cristandade...

Hoje o domingo não é mais celebrado em adoração ao deus sol, mas em adoração a Jesus”.

Por simples vontade, e mentira papal se guarda o domingo, sem nenhuma ordem ou mandamento de Deus, Cristo, bíblico, ou apostólico, que o Sábado tenha sido substituído.

Um catecismo católico diz: “Nós observamos o Domingo no lugar do Sábado porque a Igreja Católica, no Concílio de Laodicéia (336 d. C.), transferiu as solenidades do Sábado para o Domingo”.

Outras práticas e ensinamentos que foram introduzidos na Igreja Cristã entre os séculos IV e VI:

Oração pelos mortos e o sinal da cruz (c.300); 

Queima de velas (c.320).

Uso de imagens e veneração de anjos e mortos (375).

A Missa, como uma celebração diária (394).

O início da veneração de Maria e o termo Mãe de Deus foi primeiro aplicado a Maria pelo Concílio de Éfeso (431).

Os sacerdotes começaram a se vestir de maneira diferente dos leigos (500).

Extrema Unção (526).

A doutrina do purgatório foi imposta por Gregório I (593).

“Alguns estudiosos afirmam que 75% do ritual da Igreja Romana é de origem pagã”.

“As tribos bárbaras que destruíram o poder civil de Roma Imperial, submeteram-se ao poder espiritual de Roma Papal. Todas elas se converteram à Igreja de Roma, com exceção de três tribos que se mantiveram arianas, mas finalmente foram destruídas conforme a profecia de Dn 7:8, 24”

   Os Hérulos foram derrotados em 476 d. C.
    O Vândalos em 534 d. C.
  Os Ostrogodos, numa campanha que se iniciou
em 534, foram finalmente derrotados em 538 d.C.

“Em 538, pela primeira vez, desde que o Império Romano do Ocidente acabou (476), a cidade de Roma ficou livre do domínio de um reino ariano... O papado finalmente ficou livre para exercer sua supremacia”.

“No período de Pérgamo o casamento da Igreja
Cristã com o paganismo gerou um filho, o papado, o anticristo, que constitui o próprio trono de Satanás dentro do templo de Deus, Sua igreja”.

“...o homem do pecado, o filho da perdição, que se assenta como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus (II Ts 2:3-4).

O Bispo de Roma cresce em poder:

   Em 343 o Sínodo de Sárdica determinou que o Bispo de Roma exercesse poder sobre os outros bispos.

     Em 395 o Império Romano foi dividido em duas partes, Oriente e Ocidente.

  No Concílio de Calcedônia (451), o Bispo de Roma foi chamado de papa. Antes deste concílio todos os sacerdotes e bispos eram chamados de papa.

  Leão I (461), foi o primeiro bispo de Roma a proclamar que Pedro tinha sido o primeiro papa, e a afirmar a sucessão papal a partir de Pedro.

“O Império do Ocidente chegou ao fim em 476 e Roma passou a ser governada de Constantinopla.
O imperador romano do Oriente, Justiniano, através de um Edito Imperial (533), reconheceu a supremacia papal sobre todas as igrejas tanto no Oriente como no Ocidente, Edito que só foi consolidado depois que os Vândalos foram derrotados em 534, e os Ostrogodos em 538”.

“A igreja novamente procurará se aliar aos braços fortes do poder civil para com autoridade impor a Abominação Desoladora, o Decreto Dominical. O trono de Satanás dentro do cristianismo, que uma vez foi derrubado (1798), novamente se erguerá e toda a Terra se maravilhará após a besta (Ap 13:8). A história vai se repetir!”

“Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Apoc 2:17).

    O maná (o pão dos anjos, Sl  78:25), “... caindo do céu para o sustento de Israel, era um símbolo de Jesus que veio de Deus para dar vida ao mundo. Disse Jesus, ´Eu sou o Pão da vida`. (Testimonies for the Church, vol. 6, 132).

 Uma pedra branca. “Quando uma pessoa era julgada em corte, os jurados colocavam uma pedra branca para significar que aquela pessoa tinha sido absolvida do crime... A pedra branca também era usada na antiguidade para se obter hospitalidade. Uma pequena pedra branca era cortada ao meio; sobre cada uma das metades o hóspede e o anfitrião mutuamente escreviam os nomes, intercambiando-as a seguir. Esta pequena pedra branca era suficiente para garantir amizade para ele e seus descendentes”.

“Mediante esse acordo, Ele nos assegura Sua hospitalidade e amizade, presenteando-nos com uma pequena pedra branca que, por sua vez é uma garantia da sagrada e inviolável amizade que Ele devota a cada um de nós”.

Continua...

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