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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

6ª Igreja – Filadélfia (1798-1844)


“E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é Santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre.
Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.
Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem; eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra.
Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce o céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3:7-13).

Filadélfia ficava a 120 km de Esmirna, em uma região vulcânica sujeita a freqüentes terremotos...É chamada de “a pequena Atenas” por seus muitos templos.... Era a mais nova das sete cidades mencionadas nas sete cartas... Tornou-se uma importante e rica cidade com suntuosos templos. Esta cidade ainda existe sob o nome de Allah Sher, que significa “Cidade de Deus”.

Filadélfia significa “Amor Fraternal”, e o período foi caracterizado por um profundo e intenso amor às almas pelas quais Jesus morreu. A igreja de Filadélfia representa o período histórico do cristianismo entre os anos 1798 a 1844.

O cristianismo parece ter sido introduzido em Filadélfia na era apostólica pelo fato de uma das cartas de João ser endereçada à igreja dessa cidade... Em tempos posteriores Filadélfia tornou-se sede de um bispo, e no século XIII era o centro cristão da Lídia, sendo a residência de um arcebispo.      (Edward Gibbon, The Decline and Fall of the Roman Empire, vol. 4, 381).

Mesmo depois que os turcos se apoderaram do país (1390), e o cristianismo na Ásia Menor foi perecendo lentamente, Filadélfia continuou sendo uma cidade cristã, como Esmirna. Constitui notável característica que as duas cidades, que retiveram seu caráter e população cristã por mais tempo que as outras cidades da Ásia Menor, são as cidades cujas igrejas foram tão puras e irrepreensíveis no tempo do apóstolo João, que as cartas escritas para elas são as únicas que não contêm palavras de repreensão. O cristianismo sobrevive nessa cidade até o presente; ali existem cinco igrejas cristãs.
(Edward Gibbon, The Decline and Fall of the Roman Empire, vol. 4, 381)

“E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha e fecha e ninguém abre.
Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha Palavra, e não negaste o meu nome”. (Ap 3:7-8).

“Mostrou-se-me então que os Mandamentos de Deus e o Testemunho de Jesus Cristo com referência à porta fechada não podiam ser separados... Esta porta não foi aberta até que a mediação de Jesus no lugar Santo do Santuário terminasse em 1844. Então Jesus Se levantou e fechou a porta do lugar Santo e abriu a porta que dá para o Santíssimo, e passou para dentro do segundo véu, onde permanece até agora junto da arca” (Primeiros Escritos, 42).

“Uma vez que Jesus abrira a porta do Santíssimo onde está a arca, os mandamentos têm estado a brilhar para o povo de Deus, e eles estão sendo testados sobre a questão do sábado” (Primeiros Escritos, 42).

“Outra porta se abrira, e oferecia-se o perdão dos pecados aos homens, mediante a intercessão de Cristo no lugar Santíssimo. Encerrara-se uma parte de seu ministério apenas para dar lugar a outra. Havia ainda uma ´porta aberta` para o Santuário Celestial, onde Cristo estava a ministrar pelo pecador” (O Grande Conflito, 429, 430).

A mensagem dirigida à igreja de Filadélfia prepara o mundo para a hora do juízo no período de Laodicéia...

A aceitação da verdade concernente ao Santuário Celestial envolve o reconhecimento dos requisitos da Lei de Deus, e da obrigatoriedade do sábado do quarto mandamento. 

A revelação da segunda fase do ministério de Jesus no Santuário Celestial, o Juízo, requeria uma revelação da Santa Lei de Deus, a norma do juízo. Na mensagem a Filadélfia, Jesus disse fechar uma porta e abrir outra. Os homens procuravam fechar a porta que Jesus havia aberto, e abrir a que Ele fechara.

“A porta que Jesus abre para a igreja de Filadélfia tem sido basicamente interpretada como a oportunidade para pregar o evangelho (I Co 16:9; II Co 2:12; Cl  4:3). Ela é chamada porta evangélica e qualquer ser humano pode fechá-la (Ap 3:20; Mt 23:13; Lc 11:52).

Mas, o contexto da carta do Ap 3:10-11, não é o trabalho missionário, e sim a recomendação para manter a constância que a igreja teve no passado. O principal propósito destas passagens é ajudar a igreja a passar através do teste final. A porta que Jesus abre não pode ser fechada”.                                

Cristo abrira a porta, ou o ministério do lugar Santíssimo..., e demonstrou-se estar o quarto mandamento incluído na lei que ali se acha encerrada” (O Grande Conflito, 435).

“Vi que a presente prova do sábado não poderia vir até que a mediação de Jesus no lugar Santo terminasse e Ele passasse para dentro do segundo véu; portanto,os cristãos que dormiram antes que a porta do Santíssimo fosse aberta, ao terminar o clamor da meia noite, no sétimo mês de 1844, e que não haviam guardado o verdadeiro sábado, agora repousam na esperança, pois eles não tiveram a luz, nem a prova sobre o sábado que nós temos desde que a porta se abriu”. (Primeiros Escritos, 43).

“Vi que Satanás estava tentando alguns do povo de Deus neste ponto. Pela razão de tantos bons cristãos terem descansado nos triunfos da fé sem terem guardado o verdadeiro sábado, eles estavam duvidando sobre o ser ele uma prova para nós agora. Os inimigos da verdade atual têm estado a tentar abrir a porta do lugar Santo, a qual Jesus fechou, e a fechar a porta do Santíssimo, que Ele abriu em 1844, onde a arca está, contendo as duas tábuas de pedra nas quais estão os Dez Mandamentos escritos pelo dedo de Jeová” (Primeiros Escritos, 43).

Aqui está uma interpretação secundária que vale a pena considerar. O final do século XVIII deveria testemunhar a inauguração de um dos mais poderosos movimentos que o mundo já viu: o esforço dos poderes da cristandade enviando mensageiros como missionários para evangelizar todos os povos que se achavam na escuridão. A Palavra de Deus foi pregada e distribuída em larga escala em muitíssimos lugares. Como isso começou?

Foi um sermão pregado por Guilherme Carey em Nothingham, na Inglaterra, no dia 31 de maio de 1792, que impeliu a centelha cujo destino era incendiar os corações dos cristãos em todas as igrejas e países. Carey era um simples sapateiro que se tornou o Pai das Missões Modernas. Chegando à Índia abriu ali uma escola que hoje é uma Universidade. Desta escola ele enviava seus pregadores. Ali Carey permaneceu por toda a vida sem nunca tirar férias. Com seus auxiliares traduziu a Bíblia em 35 diferentes idiomas da Índia. Em 1807 Robert Morrison partiu para a China, e dez anos mais tarde Robert Moffat seguia para a África e a seguir Davi Livingstone.

Sobre este sermão foi dito: “Julgado segundo os seus resultados momentosos e seu vasto alcance, este sermão deve ser considerado como um dos principais da história cristã, secundado apenas pelo sermão da montanha... Em janeiro de 1797, podia-se afirmar a respeito dos resultados amplos e distantes do fervor missionário: cristãos de todos os cantos do país estão se reunindo de maneira regular e derramando as suas almas pelas bênçãos de Deus no mundo. Os esforços de tanto êxito feitos para introduzir o evangelho nos Mares do Sul tiveram a mais poderosa influência para unir os devotos servos de Cristo de todas as denominações nos laços do amor fraternal”. (Delavan L Leonard, A Hundred Years of Missons, 75, 89)

Um breve resumo das atividades missionárias que irromperam das forças da Cristandade em seguida ao momentoso sermão de Carey  de 1792, dá-nos uma idéia do poder missionário que cobre o período de Filadélfia. Desde então as Sociedades Bíblicas se encarregaram de espalhar a Palavra de Deus no mundo todo.

1792 – Panfleto de Carey sobre as obrigações dos cristãos quanto às missões.

1792 – Organização da Sociedade Missionária Batista.

1793 – Guilherme Carey navega para a Índia.

1793 – Fundação da Sociedade Escocesa de Colportagem e Tratados.

1797 – Organização da Sociedade Missionária dos Países Baixos.

1804 – Organização da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.

1816 – Organização da Sociedade Bíblica Americana.

O material em estudo faz 36 citações indicando eventos e entidades ligados ao movimento das Missões no período de Filadélfia.

O período de Filadélfia é descrito de maneira positiva por Jesus em Ap 3:8 quando Ele diz; “tendo pouca força, guardaste a minha Palavra e não negaste o meu nome”.

Filadélfia foi também um período muito importante no cumprimento de profecias bíblicas:

O escurecimento do sol em 19/05/1780;

A lua tornou-se como sangue em 19/05/1780;

A queda das estrelas em 31/11/1833.

Estes sinais serviram para despertar o mundo para a proximidade do Juízo e da Volta de Jesus.

Em partes longínquas e espalhadas do mundo, homens começaram a examinar a Palavra de Deus, e, independentemente uns dos outros, chegaram à conclusão de que o fim estava realmente perto.

Dentre as 23 citações do material em estudo, destacamos:
 
1812 – Publicação do livro de Lacunza, A Segunda Vinda do Messias em Glória e Majestade.

1821 – José Wolff inicia a proclamação da breve Vinda de Jesus ao redor do mundo.

1823 – Publicação de Edwuard Irving: O Juízo Vindouro.

1831 – Guilherme Miller começa a pregar a mensagem do advento.

1836 – Publicação das preleções de Guilherme Miller em forma de livro.

1840 – Primeira conferência geral de crentes adventistas mileritas em Boston.

1842 – Publicação de Josué Himes: O Clamor da Meia Noite.

1843 – Pregação pelas crianças da Suécia sobre a breve vinda de Jesus.

“Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra de Deus, serão enganados e vencidos... Os que sinceramente buscam o conhecimento da verdade e se esforçam em purificar a alma pela obediência, fazendo assim o que podem a fim e preparar-se para o conflito, encontrarão refúgio seguro no Deus da verdade. ´Como guardaste a palavra da minha paciência, também Eu te guardarei, é a promessa do Salvador” (O Grande Conflito, 560).

Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3:11).

“O trono e a coroa são os penhores de uma condição atingida; são os testemunhos da vitória sobre o próprio eu por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. (O Desejado de Todas as Nações, 408).

A quem vencer, Eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do Meu Deus, a Nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3:12-13).

“Está iminente diante de nós,´a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra.` (Ap 3:10).

Continua...

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