“E, havendo aberto o sexto selo, olhei e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue. E as estrelas do Céu caíram sobre a Terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o Céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir”. (Ap 6:12-17).
O sexto selo
estende-se do capítulo 6:12 do Apocalipse e vai até o final do capítulo sete,
abrangendo o Julgamento dos Vivos. O ponto central do sexto selo é um outro
grupo de pessoas que está também passando pelo juízo. O sexto selo começa
falando de alguns eventos que devem acontecer no mundo físico:
• Um grande terremoto;
• Escurecimento do sol e da
lua;
•Queda das estrelas. Esses
mesmos sinais são mencionados em Mt 24:29 e Lc 21:11, 25.
Existem dois
períodos de aflição mencionados na profecia, o primeiro, de 1260 anos,
refere-se à primeira supremacia papal (538 a 1798). Tudo indica que Jesus
esteja falando desse período de aflição em Mt 24:29 quando diz: “Logo
depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua
luz, e as estrelas cairão do céu”.
Esses sinais
no mundo físico ocorreram pela primeira vez, exatamente na seqüência predita:
O terremoto de Lisboa em 01/11/1755; o escurecimento do sol e da lua em 19/05/1780;
e a queda das estrelas em 13/11/1833.
Os sinais não
somente chamaram a atenção para a proximidade da volta de Jesus, pregada com
voz de trombeta por Guilherrme Miller, Manuel Lacunza, José Wolff e outros, mas
também levaram estudiosos a pregarem o início do Juízo Celestial; quando Jesus
saiu do lugar Santo para o Santíssimo. Esse evento é mencionado nas Escrituras
em Dn 7:13-14; Ml 3:1-3 e Ap 5:7.
Do mesmo modo como
foi anunciado ao mundo o início do Juízo Celestial (1844), que começou pelos
mortos, Deus também anunciará ao mundo a proximidade do Juízo dos Vivos.
Os
últimos três selos revelam claramente a parte final do ministério de Jesus no
Santíssimo:
•O
quinto selo: o juízo dos mártires;
No
contexto do Juízo dos Vivos os sinais no mundo físico deverão ocorrer
novamente, bem como um novo Pentecostes:
“E
acontecerá depois que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne...;
mostrarei prodígios no céu e na Terra...; o sol se converterá em trevas e a lua
em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Joel 2:28-31).
A
profecia de Joel e Atos 2:16-20 “recebeu cumprimento parcial no derramamento do
Espírito, no dia de Pentecostes, mas atingirá seu pleno cumprimento na
manifestação da graça divina que acompanhará a obra final do Evangelho” (Grande
Conflito, 11).
Aqui,
está se referindo à Chuva Serôdia, no contexto do sexto selo. Certamente Deus
não iniciaria o Juízo dos Vivos, sem anunciar ao Seu povo e ao mundo que é
chegada a hora do juízo.
Quando
a terceira mensagem angélica se cumprir, através do Decreto Dominical, que é o
sinal indicando a chegada do Juízo dos vivos, as Três Mensagens Angélicas serão
pregadas de forma poderosa e compacta, como sendo uma só:
•“É
chegada a hora do Juízo” (Ap 14:7).
•Caiu,
caiu Babilônia”
(Ap 14:7).
•“Se
alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na sua testa ou na
sua mão, também o tal beberá do vinho da ira e Deus” (Ap 14:9-10).
Essas
três mensagens serão anunciadas com muito poder na voz do quarto anjo, que é o
remanescente de Deus:
“E
clamou fortemente com grande voz, dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia, e se
tornou morada de demônios... E ouvi outra voz do céu, que dizia: sai dela povo
Meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras
nas suas pragas” (Ap 18:2, 4). Este é o Alto Clamor”.
“O
sábado será a pedra de toque da lealdade; pois é o ponto da verdade
especialmente controvertido... Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de
submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta (o domingo), a outra,
preferindo o sinal de obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus” (o
sábado). (Grande Conflito, 605).
“Todos
os selados pelo selo do Deus Vivo, são selados com o caráter de Jesus e não
mais se perderão, e todos os selados pelo selo da besta, selados com o caráter
de Satanás, não mais se salvarão”.
“Mas
ninguém deverá sofrer a ira de Deus antes que a verdade se lhe tenha
apresentado ao espírito e consciência, e haja sido rejeitada... Cada qual
receberá esclarecimento bastante para fazer inteligentemente a sua decisão” (Grande
Conflito, 605).
“E
diziam aos montes e aos rochedos: caí sobre nós, e escondei-nos do rosto
dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap
6:16-17).
A
pergunta: “e quem poderá subsistir?”, deve ser entendida dentro do
contexto do Juízo dos Vivos. Deus usa todo o capítulo sete do Apocalipse para
responder, e a resposta é dada por dois grupos de pessoas que hão de subsistir:
•As
Primícias dos Salvos Vivos, os 144.000 (Ap 7:3-4);
•E
a Grande Seara de Salvos Vivos que inclui todos os conversos da hora undécima,
uma multidão que ninguém podia contar (Ap 7:9).
O
tema dos 144.000 é amplamente estudado no capítulo catorze do Apocalipse.
“E,
depois destas coisas, vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da
Terra retendo os quatro ventos da Terra, para que nenhum vento soprasse
sobre a Terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.
E
vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o Selo do Deus Vivo; e clamou com
grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o
mar, dizendo: não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até
que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.
E
ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil..., de todas
as tribos dos filhos de Israel”
(Ap 7:1-8).
O
principal assunto discutido em Ap 7 é o Selamento, isto é, o tão esperado
Julgamento dos Vivos. Que ocasião haveria mais apropriada que esta para o
Julgamento dos Vivos? Aqui Deus fala especificamente do tempo quando o Seu povo
será selado pelo Selo do Deus Vivo. A Sua igreja passará pela Sacudidura, e
então a Chuva Serôdia do Espírito Santo será derramada”.
Ap
6:17 “faz uma pergunta importante: ´Quem poderá subsistir?` A resposta a
essa pergunta é que aqueles que forem selados antes do Segundo Advento
poderão subsistir ou ficar de pé quando Jesus vier. Ap 7:1-8 responde à
pergunta de Ap 6:17”.
“O
Selamento do povo de Deus é como sendo o Selamento do caráter, sendo
seguido pela Chuva Serôdia:
“Nenhum
de nós jamais receberá o Selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou
mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter... Então a Chuva
Serôdia cairá sobre nós... (Testemunhos Seletos, vol 2, 69).
O
Selo do Deus Vivo só será colocado sobre os que são semelhantes a Cristo no
caráter” (SDABC, vol 2, 70, 71).
O
Selamento do povo de Deus e o Selamento do povo de Satanás são eventos que
ocorrem paralelamente. Os selados pelo Selo do Deus Vivo, os guardadores do
sábado, não mais se perderão, e os selados pelo sinal da besta, os
guardadores do domingo, não mais se salvarão.
“Os
que se estão unindo com o mundo, estão-se amoldando ao modelo mundano, e
preparando-se para o sinal da Besta. Os que... purificam a alma pela obediência
à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber na
fronte o Selo de Deus. Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu
caráter permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade” (Testemunhos Seletos,
vol 2, 70, 71).
É
evidente neste texto, o Selamento como sinônimo de Julgamento. O
Selamento fixa o caráter para a eternidade. Os que recebem o selo, são
candidatos para o céu.
“A
Bíblia dá a entender que o Julgamento dos Vivos ocorrerá no auge do conflito
final a respeito da Lei de Deus, o conflito do Selo de Deus contra o sinal da
besta... Terão de ser tomadas decisões de vida ou morte”.
“Todos
os que guardam o Sétimo Dia, dão a entender por esse ato que são adoradores de
Jeová. Assim, é o sábado o sinal de submissão a Deus... O quarto
mandamento é o único de todos os dez em que se encontra tanto o nome como o
título do Legislador. É o único que mostra pela autoridade de Quem é dada a
lei... Contém o Selo de Deus, afixado à Sua lei, como prova da
autenticidade e vigência da mesma” (Patriarcas e Profetas, 313).
“O
sinal, ou Selo de Deus é revelado na observância do sábado, o sétimo dia, o memorial
divino da criação... A marca da besta é o oposto disso, a observância do
primeiro dia da semana”. (Testemunhos Seletos, vol. 3, 285).
“A
questão do sábado será o ato final no grande conflito em que todo o mundo
tomará parte... Nossa missão é levar o povo a compreender isto. Devemos
mostrar-lhes que é de conseqüência vital trazerem eles o sinal do reino de Deus
ou a marca do reino da rebelião, porque cada qual se reconhece súdito do
reino cujo distintivo aceita” (Testemunhos Seletos, vol. 3, 19).
No
livro Primeiros Escritos, se apresenta o processo do Selamento em duas
fases:
No
princípio do sábado 05/01/1849, nos fala dos 144.000 sendo selados e uma
multidão de guardadores do sábado em agonia... Os cento e quarenta e quatro mil
triunfaram, e sua face se iluminou com a glória de Deus.
“Foi-me
então mostrada uma multidão que ululava em agonia. Em suas vestes estava
escrito em grandes letras: ´Pesado foste na balança, e foste achado em falta`.
Perguntei quem era aquela multidão. O anjo disse: ´Estes são os que já guardaram
o sábado e o abandonaram`. Ouvi-os clamar com grande voz: Acreditamos em Tua
vinda e a ensinamos com ardor`. E enquanto falavam, seus olhares caíam sobre
suas vestes, viam a escrita e então choravam em alta voz” (Primeiros Escritos,
36, 37). Esta foi a primeira visão.
“Na
segunda visão, ocorrida no mesmo sábado à tarde, se descreve um outro grupo
que foi selado pelo Selo do Deus Vivo na última hora, depois dos 144.000:
“Vi
quatro anjos que tinham uma obra a fazer na Terra, e estavam em vias de
cumpri-la. Jesus estava vestido com trajes sacerdotais. Ele olhou
compassivamente para os remanescentes, levantou então as mãos, e com voz de
profunda compaixão, exclamou: ´Meu sangue, Pai, Meu sangue! Meu sangue!`... Vi
a seguir um anjo com uma missão da parte de Jesus, voando celeremente aos
quatro anjos que tinham a obra a fazer na Terra, agitando alguma coisa que
tinha na mão, e clamando com grande voz: ´Segurai! Segurai! Segurai! Até que
os servos de Deus sejam selados na fronte!`... Os
olhos misericordiosos de Jesus contemplaram os remanescentes que não estavam
selados e, erguendo as mãos ao Pai, alegou que havia derramado Seu sangue
por eles. Então outro anjo recebeu ordem para voar velozmente aos outros quatro
e mandar-lhes reter os ventos até que os servos de Deus fossem selados na
fronte com o Selo do Deus Vivo” (Primeiros Escritos, 37, 38).
Por
essas duas visões Deus revelou as cenas que estão relacionadas diretamente ao
Selamento mencionado em Ap 7.
•Primeiramente
o Selamento dos 144.000 (Ap 7:3, 4)., os primeiros a serem selados e revestidos
do poder do Espírito Santo para proclamarem o Alto Clamor.
•Como
resultado da proclamação do Alto Clamor de Ap 18:4, uma multidão vinda de Babilônia,
une-se ao remanescente de Deus, e então são também selados pelo Selo do Deus
Vivo. Essa multidão que ninguém podia contar é apresentada em Ap 7:9.
“Depois
destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de
todas as nações, e tribos, e povos, e línguas... trajando vestidos brancos e
com palmas nas suas mãos... Estes que estão vestidos de vestidos brancos, quem
são, e donde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, Tu sabes. E Ele disse-me: Estes
são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os
branquearam no sangue do Cordeiro... Nunca mais terão fome, nunca mais terão
sede; nem calma alguma cairá sobre eles... e Deus limpará de seus olhos toda a
lágrima” (Ap 7:9-17).
“Alguns
podem sugerir que essa grande multidão não representa os convertidos pelo Alto
Clamor, mas sim, os salvos de todos os tempos. Porém, o contexto de Ap 7 é o
Juízo Pré-Advento e tem a ver com o Julgamento dos Vivos e o Selamento, que é a
fase final da obra de Jesus no Santíssimo”.
“Previamente
às bodas, vem o rei para ver os convidados (Mt 22:11), a fim de verificar se
todos têm trajes nupciais, vestes imaculadas do caráter lavado e embranquecido
no sangue do Cordeiro (Ap 7:14). O que é encontrado em falta, é lançado fora...
Esta obra de exame do caráter, para determinar quem está preparado para o reino
de Deus, é a do juízo de investigação, obra final do Santuário do Céu”. (Grande
Conflito, 428).
O
capítulo sete versos 13-15, explica quem é essa multidão do verso nove:
“Estes
são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os
branquearam no sangue do Cordeiro”.
“Eles
são os que vieram da ´grande tribulação`. É coerente entendermos as
expressões “grande tribulação” (Ap 7:14), e “grande aflição qual
nunca houve” (Mt 24:21), e ainda “tempo de angústia qual nunca houve”
(Dn 12:1), como expressões sinônimas.
Só
existe uma “angústia qual nunca houve e nem há de haver”, essa é a
grande tribulação da qual nos foi falada em 1849, que ainda não havia
ocorrido, estava ainda no futuro:
“Vi
que a ira das nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os
mortos eram acontecimentos separados e distintos, seguindo-se um ao
outro; outrossim, que Miguel não Se levantara e que o tempo de angústia,
tal como nunca houve, ainda não começara. As nações estão-se irando agora,
mas, quando nosso Sumo sacerdote concluir Sua obra no Santuário, Ele Se
levantará, envergará as vestes de vingança, e então as sete últimas pragas serão derramadas” (Primeiros Escritos,
36).
“Os
quatro anjos que seguram os quatro ventos (Ap 7:1), só vão soltar os ventos
após o selamento dos 144.000 e da grande multidão; os conversos da hora
undécima. Ambos os grupos passarão pela grande tribulação, e o período das sete
pragas”.
A
mensagem final “se encerrará com poder e força muito maiores do que o clamor da
meia-noite... Almas que estavam espalhadas por todas as corporações religiosas
responderam à chamada, e os que preciosos eram, retiraram-se apressadamente das
igrejas condenadas...” (Primeiros Escritos, 278,279).
A
grande multidão e o grupo dos 144.000 são descritos como saindo vitoriosos
sobre a besta e o Decreto Dominical. Ap 7, quando estudado no contexto do juízo
pré-advento, torna evidente o Selamento de dois diferentes grupos de pessoas,
isto é, as Primícias dos Salvos Vivos (os 144.000), e a Seara dos
Salvos Vivos (a Grande Multidão).
O
selamento dos 144.000 termina no verso 8, e a partir do verso 9 a atenção do
profeta se dirige à “multidão a qual ninguém podia contar”.
Nos
é explicado que os 144.000 terão que ensinar e instruir a grande multidão de
conversos da hora undécima:
“Alguns
de nós tem tido tempo de possuir a verdade e progredir passo a passo, e cada
passo dado tem-nos propiciado força para o seguinte. Mas agora o tempo está
quase findo, e o que durante anos temos estado aprendendo, eles (a grande
multidão convertida na última hora) terão de aprender em poucos meses” (Primeiros
Escritos, 67).
Primícias
e Searas:
•Jesus
e os que ressuscitaram com Ele são as primícias dos mortos. “Cristo
ressuscitou... sendo Ele as primícias dos que dormem” (I Co 15:20,
23). “Abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos, que dormiam,
ressuscitaram,... Depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade e
apareceram a muitos” (Mt 27:51-53). “Quando Ele subiu... levou cativo
o cativeiro” (Efésios 4:8).
•Os
144.000 são as primícias dos vivos. “São os que foram redimidos
dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro” (Ap 14 4).
•A
grande seara dos salvos mortos ressuscita na volta de Jesus. “O
Senhor mesmo... descerá dos céus e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”
(I Ts 4:16).
• A
grande seara dos salvos vivos, cujas primícias são os 144.000, passa
pela angústia de Jacó. “E eis grande multidão que ninguém podia
enumerar... são estes os que vêm da grande tribulação” . (Ap
7:9,14).
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