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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Quinta Trombeta




“E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo.  E abriu o poço do abismo e subiu fumo do poço, como o fumo de uma grande fornalha, e com o fumo do poço escureceu-se o sol e o ar. 

E do fumo vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra. E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus.   

E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem.

E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.

E o parecer dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia como que coroas parecendo de ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens. E tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como de leões. E tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros, quando muitos cavalos correm ao combate. 

E tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses. 

E tinham sobre si rei, o Anjo do Abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego Apoliom. 

Passado é já um ai; eis que depois disso vem ainda dois ais” (Ap 9:1-12).

Ap 8:13 introduz os três ais trazidos por Satanás sobre a terra, que são as três últimas trombetas: “Então vi e ouvi uma águia... que dizia em grande voz: Ai, ai ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar”. 

O texto fala como sendo uma águia proferindo os três ais. O contexto aqui sugere que abutre seria a mais adequada tradução simbolizando a iminente ruína, porque “onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres” (Mt 24:28); “onde estiver o corpo, aí se ajuntarão também os abutres” (Lc 17:37). 

No Apocalipse “um anjo clamou com grande voz... a todas as aves: Vinde... para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis, de comandantes, de poderosos, de cavalos e seus cavaleiros, de todos, quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes”. (Ap 19:17-18).

Esta é uma figura apropriada para representar a advertência dada ao mundo acerca dos catastróficos eventos a serem revelados nas três últimas trombetas. Novamente “uma estrela que do céu caiu na terra” (Ap 9:1) identifica o causador deste tormento que vai durar cinco meses.
O Apocalipse fala claramente de três poderes que se opõem a Deus: 

“E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs” (Ap 16:13).

•O Dragão – é a besta que subiu do abismo (Ap 11:7; 17:8), o Ateísmo em todas as suas formas.

•A Besta – é a besta que subiu do mar (Ap 13:1), Roma Papal.

•O Falso Profeta – é a besta que subiu da terra (Ap 13:11), Estados Unidos.

A Bíblia indica que o terceiro e último ai cairá sobre a besta que subiu do mar, Roma Papal: 

“E da grande Babilônia se lembrou Deus para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira” (Ap 16:19).

“Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai, ai, daquela grande Babilônia, aquela forte cidade! Pois numa hora veio o seu juízo” (Ap 18:10, 16, 19).

A Bíblia também dá indicações de que o segundo ai cairá sobre o bloco que sustenta o ateísmo na Terra. O Ateísmo envolve todas as religiões ou sistemas que não adoram o Deus da Bíblia. 

“O sexto anjo tocou a trombeta e ouvi uma voz... dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a trombeta: Solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande rio Eufrates” (Ap 9:13-14). 

A região do Eufrates sempre foi, e ainda é, um simbolismo literal do ateísmo, onde prevalece o Islamismo. Alguém pode argumentar que a religião Islâmica não é ateísmo, mas Alá nunca foi e nunca será o Deus da Bíblia. Alá não reconhece Jesus como Seu Filho Unigênito; Alá diz que Jesus não morreu na cruz; e que a salvação não é pela graça. Islamismo é ateísmo tanto quanto o Hinduismo e o Budismo. 

A mensagem da sexta trombeta ainda dá mais uma indicação de que esse segundo ai atinge pessoas que adoram os demônios, ou seja, não pertencem ao bloco que professa o cristianismo.

“E os outros homens que não foram mortos por estas pragas (pragas do segundo ai) não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira... nem se arrependeram das suas feitiçarias” (Ap 9:20-21).

Lembrando:

•O terceiro ai cairá sobre a besta que subiu do mar – Roma Papal (Ap 16:19; 18:10, 16, 19).

•O segundo ai cairá sobre a besta que subiu do abismo – o Dragão, simbolizando o ateísmo em todas as suas formas  (Ap 9:14, 20, 21).

E quanto ao primeiro ai?

Só resta, então, a besta que subiu da Terra, os Estados Unidos  (Ap 13:11); sobre esta nação cairão os juízos do primeiro ai. 

O primeiro ai atingirá os Estados Unidos com o objetivo de conseguir a aprovação do Decreto de Morte contra o povo de Deus. É coerente pensar que assim como o Decreto Dominical sai primeiramente nos Estados Unidos, espalhando-se então por todo o mundo, o Decreto de Morte, provavelmente, seguirá a mesma estratégia.

Os Estados Unidos é que formam a Imagem da Besta (Ap 13:11-12), e se a Besta que subiu do mar e a Imagem da Besta terão o mesmo destino, então é coerente entender que o primeiro ai destina-se à Imagem da Besta. No livro O Grande Conflito se declara:

“Os protestantes dos Estados Unidos (a besta que subiu da terra) serão os primeiros a estender as mãos através da voragem para apanhar a mão do espiritismo (a besta que surgiu do abismo); estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano (a besta que subiu do mar); e sob a influência dessa tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma”. (O Grande Conflito, 588).

Não está fora de propósito entender que Satanás lançará o primeiro ai contra os Estados Unidos. Este é um esforço satânico no sentido de atormentar por cinco meses a nação onde se concentram os poderes econômico, militar, e político do mundo, no intento de conseguir a aprovação do Decreto de Morte contra os guardadores do Sábado bíblico.

Aos gafanhotos “foi-lhes dito que não causassem danos à erva da terra..., mas tão somente aos homens que não têm nas suas testas o Sinal de Deus” (Ap 9:3-4).

Os gafanhotos devem ser entendidos como simbólicos, porque geralmente atacam somente plantas, mas neste caso eles atacam pessoas. São símbolos de forças demoníacas (Ap 9:3, 5, 6).
Somente aqueles que não receberam nas suas frontes o Selo do Deus Vivo é que serão atormentados por cinco meses no contexto da quinta trombeta. 

O Selo de Deus é o Sábado do Sétimo Dia (Ap 7:2-3). O selamento ocorre justo antes do fechamento da porta da graça.

O primeiro ai, portanto, só poderá se cumprir após o fechamento da porta da graça, depois que os servos de Deus já estiverem todos selados.

Os sinais indicando o nascimento de Jesus, apareceram especialmente nas regiões em que poderiam ser discernidos. O terremoto de Lisboa, o escurecimento do sol e a queda das estrelas, ocorreram também, em regiões onde poderiam ser discernidos como sinais proféticos.

Do mesmo modo a área do mundo a ser terrivelmente atormentada por cinco meses, recebendo os juízos do primeiro ai, é a região onde se concentra a maior força do protestantismo apostatado, os Estados Unidos. 

Sobre esta nação, sobrevirá uma ruína nacional como resultado da sua apostasia: 

“E a apostasia nacional (a imposição do Decreto Dominical) será seguida por uma ruína nacional”.                                 (SDA  Bible Commentary, Vol. 7, 977).

A estrela caída de Ap 9:1 é identificada claramente em Ap 9:11 como sendo o “anjo do abismo” , Satanás, cujo nome é Abadom, o destruidor (Abadom em hebraico, e Apoliom em grego).

“Vale lembrar que esse nome Abadom é usado na maçonaria para identificar o deus Maçom. Outro nome pelo qual o deus é conhecido é Jahbulom, Ja-Bul-On, uma mistura feita de Javé com Baal e On” (William Schnoebelen, Maçonaria: Do Outro Lado da Luz, 56-58). 

É bom lembrar: 

•Que a maçonaria é a religião do governo dos Estados Unidos... onde trafega livremente e sem ser percebida. 

•O selo dos Estados Unidos que pode ser visto no verso da nota de um dólar é um selo maçônico...



•A cidade de Washington foi planejada e construída usando os símbolos da maçonaria: o compasso e o esquadro, como um monumento ao deus da maçonaria, cujo nome é Abadom.



•A Estátua da Liberdade é um monumento iluminista à Deusa da Razão, deus do iluminismo que é Satanás. 



Todas estas informações ligam a quinta trombeta aos Estados Unidos.

“Com base nos paralelos da literatura apocalíptica judaica, aprendemos que uma estrela sempre é símbolo de um ser angelical, santo ou decaído, dependendo do contexto”. 

“Assim a ‘montanha ardendo em chamas’ de Ap 8:8 e a ‘estrela ardendo como tocha’ de Ap 8:11 não são fenômenos naturais, como cometas, meteoritos, etc., e sim invasões demoníacas da Terra, por parte de seres malignos, pertencentes à classe de anjos caídos...” 

“A quinta trombeta, que é o primeiro ai, em sua descrição, ocupa onze versículos, porquanto há uma completa descrição da invasão por parte das hostes infernais, e daquilo que elas são”. (Russel Norman Champlin, O Novo Testamento Interpretado, vol. 6, 496)  

Podemos com certeza relacionar:

•“A montanha ardente” (Ap 8:8);

•“A estrela ardente” (Ap 8:10);

•“A estrela que caiu do céu” (Ap 9:1); 

•“O anjo do abismo”, Abadom (Ap 9:11),

Como sendo uma aplicação direta a Satanás!

A “estrela ardente” é um termo muito familiar aos maçons... “O centro da Loja é uma estrela ardente, que supostamente representa a providência divina, mas essa estrela invertida de cinco pontas não tem nada a ver com a providência divina... Torná-la comemorativa da estrela que se diz ter guiado os magos é dar-lhe um significado comparativamente moderno.

Originalmente representava Sírius, a estrela-cão, a precursora da inundação do Nilo... Depois, tornou-se a imagem de Hórus, o filho de Osires, também simbolizado pelo sol, o autor das estações e o deus do tempo... Tornou-se o sinal ou símbolo sagrado e potente dos magos, o Pentalfa...”. (Wiliam Schnoebelen, Maçonaria: Do Outro Lado da Luz, 99, 101).

Para os egípcios Sírius era um ídolo e “é considerada na magia a estrela mais perigosa no céu. A época em que o povo egípcio sofria mais era durante a sua ascendência. Ela alcançava o apogeu no céu egípcio em 23 de julho. Esse era o período mais quente e seco do ano para aquela civilização, quando o Nilo chegava ao seu nível mais baixo...     

Assim Sírius era a estrela do mal sufocante, abrasador... Isso é o que a ‘estrela ardente’ no coração de cada Loja maçônica representa: a estrela-cão, Sírius, o símbolo de Set!... Satanás ou Set”. (Wiliam Schnoebelen, Maçonaria: Do Outro Lado da Luz, 101, 104).

Tanto na Bíblia como na bruxaria e feitiçaria maçônica, bem como na religião egípcia, a “grande estrela ardente” representa diretamente Satanás.

Na quinta trombeta, Satanás tem a chave do poço do abismo, isto é “a Terra em estado de confusão e trevas”. (O Grande Conflito, 658). 

A introdução do “poço do abismo” neste ponto da visão é mais uma evidência de que as trombetas são eventos que ocorrem após o fechamento da porta da graça, porque o estado futuro de confusão e trevas só vai ocorrer quando Jesus deixar o Santuário.

“Deixando Ele (Jesus) o Santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra. Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor. Removeu-se a restrição que estivera sobre os ímpios, e Satanás tem domínio completo sobre os que finalmente se encontram impenitentes” (O Grande Conflito, 614).

Ap 9:3-5 informa que os homens que não têm o Selo do Deus Vivo serão atormentados por cinco meses literais. Por que cinco meses literais? Em 1844 terminou o tempo profético. O texto diz:

“Esse tempo, que o Anjo anuncia com solene juramento, não é o fim da história deste mundo, nem do tempo de graça, mas do tempo profético que deve preceder o advento de nosso Senhor; isto é, as pessoas não terão outra mensagem sobre tempo definido. Depois desse período de tempo, que se estende de 1842 a 1844, não pode haver um delineamento definido do tempo profético. 
O tempo mais longo se estende até o outono de 1844” (SDA Bible Commentary, vol. 7, 971).

O que é o tempo profético? É o princípio dia-ano, que não mais deveria ser aplicado às profecias depois de 1844. Sendo assim, todas as profecias de tempo, depois de 1844, deveriam ser consideradas como tempo literal, tal como fazemos com a profecia dos mil anos de Ap 20, que é entendida como mil anos literais.

No Antigo Testamento temos profecias de tempo literal como os 400 anos de Gn 15:13 e os 70 anos do cativeiro babilônico de Jr 25:12. Já a profecia das 2.300 tardes e manhãs de Dn 8:14 é de tempo profético.

No contexto da sexta trombeta existe outra profecia de tempo: “Foram, então, soltos os quatro anjos que se achavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano...’ (Ap 9:15). 

A quinta trombeta bem como as outras tem uma interpretação histórica, mas também deveriam ser estudadas como eventos futuros que ocorrerão após o fechamento da porta da graça..

A profecia não informa quanto tempo durarão as quatro primeiras trombetas, mas é coerente entender que a razão porque na quinta trombeta menciona-se o tempo de sua duração, cinco meses, seja porque ela tem uma duração maior que as primeiras quatro, e também por ser o “primeiro ai” mais devastador do que os juízos anteriores.

“Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais”. (Ap 9:12). 

As trombetas são seqüenciais pois só depois de passarem os juízos do primeiro ai é que é anunciado o segundo e também o terceiro (Ap 11:14).


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