“E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu
grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do
Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre.
E os vinte e quatro anciãos que estão assentados em
seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a
Deus.
E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos
mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares galardão aos profetas, teus
servos, e aos pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a
terra.
E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do Seu
Concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e
terremotos e grande saraivada”. (Ap 11:15-19).
O anjo da sétima
trombeta anuncia que “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele
reinará para todo o sempre”. (Ap
11:15).
Jesus terminou seu ministério
de intercessão, a porta da graça se fechou, e agora chegou o momento final e
glorioso da exaltação da santa Lei de Deus e a revelação do mistério ou Segredo
de Deus:
“Mas nos dias da voz
do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o mistério de Deus”
(Ap 10:7).
Que segredo ou mistério
é esse?
O apóstolo Paulo diz: “Eis aqui vos digo um mistério:... Num
momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta... Os mortos
ressuscitarão” (I Co 15:51, 52).
Paulo, em I Co 15:51
fala especificamente de um “mistério” relacionado à “última trombeta”, e
identifica esse mistério:
Com a volta de Jesus;
Com a ressurreição dos
justos,
E com a transformação
dos justos vivos.
Não seria esse também o
mesmo mistério de Ap 10:7, o anúncio do Dia e Hora da volta de Jesus?
O Comentário
Adventista, vol. 6, 812, em I Co
15:51, 52 declara:
“O tempo em que essa
gloriosa transformação terá lugar é
indicado aqui. Será na segunda vinda de Cristo, pois será nessa ocasião
que ‘a trombeta de Deus’ soará, e
os crentes fiéis que morreram serão ressuscitados com corpos que são
inteiramente livres de todos os efeitos do pecado (Cl 3:4; Ts 4:16)”.
“Com o soar da
sétima trombeta, o mistério de Deus termina, e ‘os reinos deste mundo
vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo; e Ele reinará para todo o
sempre’, verso 15. Oh, benfazeja voz que declara estar consumado o mistério
de Deus e chegado o reino de eterna justiça!”.
Não é difícil perceber
que o soar da sétima trombeta tem a ver diretamente com o momento em que a Lei
de Deus será estampada no Céu e o Dia e a Hora da Volta de Jesus serão
anunciados, porque estes eventos só acontecerão após Jesus ter lançado o
incensário sobre a terra, pondo fim à Sua intercessão. Deixa o Santíssimo e Se
demora um pouco de tempo no Lugar Santo. Esse é o período das Sete Trombetas.
“Retirando-Se Jesus do
Lugar Santíssimo..., uma nuvem de trevas cobriu os habitantes da Terra...
Quando Ele saiu de entre o homem e o Pai... Satanás teve completo domínio sobre os que afinal não se arrependeram.
Era impossível serem derramadas as pragas (das trombetas e de Ap 16), enquanto
Jesus oficiava no Santuário. Jesus demorou um momento no compartimento exterior
do Santuário Celestial, e os pecados que tinham sido confessados enquanto Ele
esteve no Lugar Santíssimo, foram colocados sobre Satanás.
Vi então Jesus
depor Suas vestes sacerdotais e envergar Seus mais régios trajes... Cercado
pela hoste angélica, deixou o céu. As
pragas estavam caindo sobre os habitantes da Terra”. (Primeiros Escritos, 280, 281).
Eventos no período da
sétima trombeta:
É vista a Arca no
Templo do Céu. A Lei de Deus é vista estampada no Céu (Ap 11:19; O Grande Conflito, 639).
É revelado o Dia e a
Hora da Volta de Jesus. (Ap 10:7, O Grande Conflito, 640).
Jesus virá no período
da última trombeta ( I Co 15:52).
A “ira de Deus” se
manifesta através das Sete Pragas (Ap
11:18), “Nada havia para deter a ira de Deus, e ela irrompeu com fúria
sobre a cabeça desabrigada do pecador culpado”. (Primeiros Escritos, 280).
Eventos no período da
Sétima Trombeta:
Em Ap 11:18 os 24
anciãos anunciam: a ira das nações,
a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos.
Joseph Battistone,
autor da Lição da Escola Sabatina,
2º trimestre de 1989, interpretou essas três frases de Ap 11:18 da seguinte
forma:
“A ira das nações”. “Ira de umas
contra as outras, mas principalmente contra Deus e Seu povo. Elas participarão
de uma confederação que procurará destruir o povo de Deus”.
“A ira de Deus”. “É o derramamento
das Sete Últimas Pragas”.
“O tempo de julgar os mortos”.
“Visto que este acontecimento inclui a destruição final dos ímpios, ele abrange
eventos de ambos os lados do Milênio, mas se concentra nas recompensas finais”.
(Lição da Escola Sabatina, 1ª
parte, 2º trimestre, 1989, 168).
Os eventos preditos nas
seis primeiras trombetas iraram as nações, unificando-as finalmente contra o
povo de Deus. São Juízos Indiretos de Deus, isto é, permitidos por Deus, mas
causados por Satanás.
Ao toque da sétima
trombeta ocorrem os juízos das Sete Pragas, chamados de Juízos Diretos porque
procedem diretamente de Deus. Com as Sete Pragas começa o Juízo Executivo dos
ímpios, porque o final do verso 18 diz: “é o tempo de destruíres os que
destroem a terra”.
No livro Primeiros
Escritos, página 36, diz:
“Vi que a ira das
nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos eram acontecimentos
separados e distintos, seguindo-se um ao outro”. Existe uma ordem na seqüência
dos eventos.
Chegou o tempo de Deus
“dar o galardão aos profetas, aos
santos, e aos que temem o Teu nome”. Isto significa a recompensa
divina que inclui a proclamação do Concerto de Paz, tendo como base a Arca do
Seu Concerto; a exaltação da Sua Lei; a declaração do Dia e Hora da volta de
Jesus, e finalmente a tão esperada glorificação e trasladação para o Céu: “E abriu-se no céu o Templo de Deus, e a Arca
do Seu Concerto foi vista no Seu Templo; e houve relâmpagos, e vozes, e
trovões, e terremotos e grande saraivada”. (Ap 11:19).
Este verso tem dupla aplicação.
Em primeiro lugar aponta a porta aberta no céu (Ap 4:1), em 1844: “indica a abertura do lugar Santíssimo do
Santuário Celestial, em 1844, ao entrar Cristo ali para efetuar a obra
finalizadora da expiação” (O Grande
Conflito, 433).
Agora, num tempo
específico da sétima trombeta, antes de Jesus deixar o Céu, novamente o Templo
de Deus se abre para a exaltação da Sua Santa Lei:
“Quando for aberto o
Templo de Deus no céu..., será vista a Arca do Concerto em que foram colocadas
as duas tábuas de pedra, nas quais está escrita a Lei de Deus... Essas tábuas
de pedra... serão convincente testemunho da verdade e dos reclamos obrigatórios
da Lei de Deus”. (SDA Bible Commentary, vol. 7, 972).
A Lei de Deus Estampada
no Céu
“A glória da cidade
celestial emana de suas portas entreabertas. Aparece de encontro ao céu uma mão
segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre outra... Aquela Santa Lei..., revela-se agora
aos homens como a regra do juízo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos
do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que
todos as podem ler. Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes as
trevas da superstição e heresia, e os Dez Preceitos divinos, breves,
compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da
Terra. É impossível descrever o horror e desespero dos que pisaram os santos
mandamentos de Deus” (O
Grande Conflito, 639).
A revelação e exaltação
da Santa Lei de Deus começou em 1844 com a abertura do Santíssimo, continuou
com a pregação das três mensagens angélicas, e seu clímax acontecerá exatamente
quando os Dez Mandamentos forem, literalmente, estampados no Céu, justamente
antes da Segunda Vinda de Jesus.
A Revelação do Segredo
de Deus
Depois da proclamação
do Seu Concerto de Paz, depois de ter sido Sua Lei reconhecida e lida por todos
os habitantes da Terra, chega finalmente o momento de Deus revelar o
“mistério”, o “segredo” de Ap 10:7 há tanto tempo anunciado aos profetas: A
declaração do Dia e da Hora da Volta de Jesus!
“A voz de Deus é ouvida
no céu, declarando o Dia e a Hora da Vinda de Jesus e estabelecendo concerto
eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão, Suas
palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir com o olhar
fixo no alto... Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a
bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande
aclamação de vitória”. (O Grande
Conflito, 640).
O período da sétima
trombeta não termina em Ap 11:19, ele se estende até a volta de Jesus, cobrindo
todo o período das Sete Pragas e o tempo do terceiro “ai” conforme Ap 16:19;
17:16; 18:8-10.