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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A Sétima Trombeta



E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre.

E os vinte e quatro anciãos que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a Deus.

E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares galardão aos profetas, teus servos, e aos pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do Seu Concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraivada”. (Ap 11:15-19).

O anjo da sétima trombeta anuncia que “os reinos do mundo vieram  a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre”. (Ap 11:15).

Jesus terminou seu ministério de intercessão, a porta da graça se fechou, e agora chegou o momento final e glorioso da exaltação da santa Lei de Deus e a revelação do mistério ou Segredo de Deus:

Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o mistério de Deus” (Ap 10:7).

Que segredo ou mistério é esse? 

O apóstolo Paulo diz: “Eis aqui vos digo um mistério:... Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta... Os mortos ressuscitarão” (I Co 15:51, 52).

Paulo, em I Co 15:51 fala especificamente de um “mistério” relacionado à “última trombeta”, e identifica esse mistério:

Com a volta de Jesus;

Com a ressurreição dos justos,

E com a transformação dos justos vivos.

Não seria esse também o mesmo mistério de Ap 10:7, o anúncio do Dia e Hora da volta de Jesus?

O Comentário Adventista, vol. 6, 812,  em I Co 15:51, 52 declara:

“O tempo em que essa gloriosa transformação  terá lugar é indicado aqui. Será na segunda vinda de Cristo, pois será nessa ocasião que ‘a  trombeta de Deus’ soará, e os crentes fiéis que morreram serão ressuscitados com corpos que são inteiramente livres de todos os efeitos do pecado (Cl 3:4; Ts 4:16)”.

Com o soar da sétima trombeta, o mistério de Deus termina, e ‘os reinos deste mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo; e Ele reinará para todo o sempre’, verso 15. Oh, benfazeja voz que declara estar consumado o mistério de Deus e chegado o reino de eterna justiça!”.

Não é difícil perceber que o soar da sétima trombeta tem a ver diretamente com o momento em que a Lei de Deus será estampada no Céu e o Dia e a Hora da Volta de Jesus serão anunciados, porque estes eventos só acontecerão após Jesus ter lançado o incensário sobre a terra, pondo fim à Sua intercessão. Deixa o Santíssimo e Se demora um pouco de tempo no Lugar Santo. Esse é o período das Sete Trombetas.

“Retirando-Se Jesus do Lugar Santíssimo..., uma nuvem de trevas cobriu os habitantes da Terra... Quando Ele saiu de entre o homem e o Pai... Satanás teve completo domínio sobre os que afinal não se arrependeram. Era impossível serem derramadas as pragas (das trombetas e de Ap 16), enquanto Jesus oficiava no Santuário. Jesus demorou um momento no compartimento exterior do Santuário Celestial, e os pecados que tinham sido confessados enquanto Ele esteve no Lugar Santíssimo, foram colocados sobre Satanás. 
Vi então Jesus depor Suas vestes sacerdotais e envergar Seus mais régios trajes... Cercado pela hoste angélica, deixou o céu. As pragas estavam caindo sobre os habitantes da Terra”.                     (Primeiros Escritos, 280, 281).

Eventos no período da sétima trombeta:

É vista a Arca no Templo do Céu. A Lei de Deus é vista estampada no Céu (Ap 11:19; O Grande Conflito, 639).

É revelado o Dia e a Hora da Volta de Jesus.  (Ap 10:7, O Grande Conflito, 640).

Jesus virá no período da última trombeta ( I Co 15:52).

A “ira de Deus” se manifesta através das Sete Pragas (Ap 11:18), “Nada havia para deter a ira de Deus, e ela irrompeu com fúria sobre a cabeça desabrigada do pecador culpado”. (Primeiros Escritos, 280).

Eventos no período da Sétima Trombeta:

Em Ap 11:18 os 24 anciãos anunciam: a ira das nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos.

Joseph Battistone, autor da Lição da Escola Sabatina, 2º trimestre de 1989, interpretou essas três frases de Ap 11:18 da seguinte forma:

A ira das nações”. “Ira de umas contra as outras, mas principalmente contra Deus e Seu povo. Elas participarão de uma confederação que procurará destruir o povo de Deus”.

A ira de Deus”. “É o derramamento das Sete Últimas Pragas”.

O tempo de julgar os mortos”. “Visto que este acontecimento inclui a destruição final dos ímpios, ele abrange eventos de ambos os lados do Milênio, mas se concentra nas recompensas finais”. (Lição da Escola Sabatina, 1ª parte, 2º trimestre, 1989, 168).

Os eventos preditos nas seis primeiras trombetas iraram as nações, unificando-as finalmente contra o povo de Deus. São Juízos Indiretos de Deus, isto é, permitidos por Deus, mas causados por Satanás.

Ao toque da sétima trombeta ocorrem os juízos das Sete Pragas, chamados de Juízos Diretos porque procedem diretamente de Deus. Com as Sete Pragas começa o Juízo Executivo dos ímpios, porque o final do verso 18 diz: “é o tempo de destruíres os que destroem a terra”.

No livro Primeiros Escritos, página 36, diz:

“Vi que a ira das nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos eram acontecimentos separados e distintos, seguindo-se um ao outro”. Existe uma ordem na seqüência dos eventos.

Chegou o tempo de Deus “dar o galardão aos profetas, aos santos, e aos que temem o Teu nome”. Isto significa a recompensa divina que inclui a proclamação do Concerto de Paz, tendo como base a Arca do Seu Concerto; a exaltação da Sua Lei; a declaração do Dia e Hora da volta de Jesus, e finalmente a tão esperada glorificação e trasladação para o Céu: “E abriu-se no céu o Templo de Deus, e a Arca do Seu Concerto foi vista no Seu Templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraivada”. (Ap 11:19).

Este verso tem dupla aplicação. Em primeiro lugar aponta a porta aberta no céu (Ap 4:1), em 1844: “indica a abertura do lugar Santíssimo do Santuário Celestial, em 1844, ao entrar Cristo ali para efetuar a obra finalizadora da expiação” (O Grande Conflito, 433).

Agora, num tempo específico da sétima trombeta, antes de Jesus deixar o Céu, novamente o Templo de Deus se abre para a exaltação da Sua Santa Lei:

“Quando for aberto o Templo de Deus no céu..., será vista a Arca do Concerto em que foram colocadas as duas tábuas de pedra, nas quais está escrita a Lei de Deus... Essas tábuas de pedra... serão convincente testemunho da verdade e dos reclamos obrigatórios da Lei de Deus”. (SDA  Bible Commentary, vol. 7, 972). 

A Lei de Deus Estampada no Céu

“A glória da cidade celestial emana de suas portas entreabertas. Aparece de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre  outra... Aquela Santa Lei..., revela-se agora aos homens como a regra do juízo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos as podem ler. Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os Dez Preceitos divinos, breves, compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra. É impossível descrever o horror e desespero dos que pisaram os santos mandamentos de Deus” (O Grande Conflito, 639).

A revelação e exaltação da Santa Lei de Deus começou em 1844 com a abertura do Santíssimo, continuou com a pregação das três mensagens angélicas, e seu clímax acontecerá exatamente quando os Dez Mandamentos forem, literalmente, estampados no Céu, justamente antes da Segunda Vinda de Jesus.

A Revelação do Segredo de Deus

Depois da proclamação do Seu Concerto de Paz, depois de ter sido Sua Lei reconhecida e lida por todos os habitantes da Terra, chega finalmente o momento de Deus revelar o “mistério”, o “segredo” de Ap 10:7 há tanto tempo anunciado aos profetas: A declaração do Dia e da Hora da Volta de Jesus!

“A voz de Deus é ouvida no céu, declarando o Dia e a Hora da Vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão, Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir com o olhar fixo no alto... Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória”. (O Grande Conflito, 640).

O período da sétima trombeta não termina em Ap 11:19, ele se estende até a volta de Jesus, cobrindo todo o período das Sete Pragas e o tempo do terceiro “ai” conforme Ap 16:19; 17:16; 18:8-10.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A Sexta Trombeta



“E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates.

E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a  terça parte dos homens.

E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número deles. 

E assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram cabeças de leões; e de suas bocas saía fogo e fumo e enxofre.

Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pelo fumo, e pelo enxofre, que saía das suas bocas, porque o poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas. Porquanto as suas caudas são semelhantes a serpentes, e têm cabeças, e com elas danificam.

E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar.

E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos”;  (Ap 9:13-21).

A sexta trombeta é o “segundo ai” atingindo diretamente as forças do dragão, incluindo os poderes espiritualistas do mundo, adoradores “dos demônios, dos ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira”. Essa descrição se relaciona com a de Dn 5:4 onde as forças ateístas também são representadas pelos falsos deuses babilônios: “Beberam vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra”.

“Derramou o sexto (anjo) a sua taça sobre o grande rio Eufrates... Então vi sair da boca do dragão (a besta do abismo, Satanás), da boca da besta (que surge do mar, o papado), e da boca do falso profeta (a besta que surge da terra, EEUU, o protestantismo apostatado), três espíritos imundos” (Ap 16:12-13).

Se relacionarmos os três “ais” com os três poderes, ou três “espíritos imundos” da sexta praga de Ap 16:12-14, teremos então:

•O “primeiro ai” voltado contra a besta que surge da terra, o falso profeta, o protestantismo apostatado (Ap 13:11).

•O “segundo ai” voltado contra a besta que surge do abismo, o dragão, o ateísmo com seu ocultismo (Ap 11:7).

•E, o “terceiro ai” contra a besta que surge do mar (Ap 13:1), o papado. Conforme Ap 16:19, “e da grande Babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira”. Esse é o último ai.

A sexta trombeta descreve uma contrafação do verdadeiro Armagedom. 

O Armagedom ocorre na sexta e sétima pragas descrevendo o conflito final entre o exército de Satanás e o povo de Deus. Porém, na sexta trombeta, o conflito mundial se volta contra os adoradores dos demônios, isto inclui todas as forças e poderes ateus com suas respectivas religiões: islamismo, hinduísmo, budismo, zoroastrismo, confucionismo, taoísmo, espiritualismo, comunismo, etc..

Nas muitas interpretações existentes sobre o Armagedom, prevalece a idéia de que haverá um conflito mundial literal, uma terceira guerra mundial. Se é isto que o mundo está esperando, é isso que Satanás fará... Só que, forçosamente, deverá atingir somente os que não têm o Selo do Deus Vivo. 

“E tocou o sexto anjo a sua trombeta e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, dizendo: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates” (Ap 9:13-14).

O anúncio vem do Lugar Santo do Santuário Celestial... Estes quatro anjos não devem ser confundidos com os quatro anjos de Ap 7:1-3, posicionados nos quatro cantos da Terra e incumbidos de reter os quatro ventos até que os filhos de Deus fossem assinalados.

Estes outros quatro anjos estão presos junto ao rio Eufrates “preparados para um evento posterior ao Selamento, qual seja, um período de flagelos especificamente sobre aqueles que adoram “os demônios, os deuses de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira”, conforme Ap 9:20.

O rio Eufrates, aqui, parece ser um simbolismo literal daqueles que sustentam o ateísmo. A região do Eufrates, no passado e no presente, representa as forças aliadas do ateísmo.

O Armagedom verdadeiro será a batalha final liderada por Satanás personificando Cristo, contra o remanescente de Deus, liderado pelo verdadeiro Jesus Cristo que descerá do Céu para libertar os Seus escolhidos.

“Foram então soltos os quatro anjos que estavam preparados para a hora, e dia, e  mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens” (Ap 9:15).

Esta é a matança anunciada pela sexta trombeta. Embora o anúncio das trombetas venha do Santuário, a execução destes juízos é da inteira responsabilidade de Satanás e seus demônios, porque as sete trombetas são uma contrafação dos juízos diretos das sete taças.

Na quinta trombeta falou-se de um tempo de cinco meses literais de tormento para aqueles que não têm o Selo do Deus Vivo. Na sexta trombeta, fala-se de um tempo determinado de 391 dias literais durante o qual Satanás e seus exércitos matarão a terça parte dos habitantes da Terra, cerca de 2 bilhões. 

“E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões... por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pelo fumo, e pelo enxofre”. (Ap 9:16, 18).

Um exército deste tamanho, justifica dizer que isso será mesmo uma contrafação mundial do Armagedom. A sexta trombeta anuncia uma terceira guerra de âmbito mundial envolvendo muitas das nações que apóiam o catolicismo e o protestantismo apostatado, contra as forças do ateísmo. 

Não podemos aplicar a sexta trombeta como sendo, por exemplo, a China, mas este país é o maior país ateu-comunista do mundo e sua população é de 1.300.000.000, quase a terça parte da população da Terra. E, é bom lembrar que o bloco que sustenta o ateísmo no mundo atualmente, gira em torno de um terço da população mundial.

Satanás trabalha dos três lados:

•Na quinta trombeta ele atormenta por cinco meses o Falso Profeta; o Protestantismo apostatado.

•Na sexta trombeta ele mata a terça parte dos habitantes da Terra, aqueles que não têm o Selo de Deus.

•Finalmente ele vai batalhar e destruir a própria besta, Roma Papal, conforme a profecia de Ap 17:16, “e lhe comerão as carnes e a consumirão no fogo”.
      
Pelas aflições causadas pelas trombetas, destruição, fogo, tormento e morte, Satanás despertará o ódio e o desejo de vingança contra os guardadores do sábado, e finalmente o Decreto de Morte será aprovado.

“E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos para não adorarem os demônios e os ídolos..., e não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos” (Ap 9:20-21).

Todos os que não foram destruídos na guerra de Ap 9:14-19, não se arrependeram. Os países ateus são convencidos a entrar na guerra contra os guardadores do sábado exatamente em conseqüência dos flagelos da sexta trombeta. 

Finalmente eles se unem aos católicos e protestantes no esforço de eliminar da face da Terra esse povo que tem sido acusado de ser a causa de toda desgraça humana. 

É importante notar que o “segundo ai” não termina aqui, ele continua até Ap 11:14.


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Quinta Trombeta




“E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo.  E abriu o poço do abismo e subiu fumo do poço, como o fumo de uma grande fornalha, e com o fumo do poço escureceu-se o sol e o ar. 

E do fumo vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra. E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus.   

E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem.

E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.

E o parecer dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia como que coroas parecendo de ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens. E tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como de leões. E tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros, quando muitos cavalos correm ao combate. 

E tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses. 

E tinham sobre si rei, o Anjo do Abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego Apoliom. 

Passado é já um ai; eis que depois disso vem ainda dois ais” (Ap 9:1-12).

Ap 8:13 introduz os três ais trazidos por Satanás sobre a terra, que são as três últimas trombetas: “Então vi e ouvi uma águia... que dizia em grande voz: Ai, ai ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar”. 

O texto fala como sendo uma águia proferindo os três ais. O contexto aqui sugere que abutre seria a mais adequada tradução simbolizando a iminente ruína, porque “onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres” (Mt 24:28); “onde estiver o corpo, aí se ajuntarão também os abutres” (Lc 17:37). 

No Apocalipse “um anjo clamou com grande voz... a todas as aves: Vinde... para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis, de comandantes, de poderosos, de cavalos e seus cavaleiros, de todos, quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes”. (Ap 19:17-18).

Esta é uma figura apropriada para representar a advertência dada ao mundo acerca dos catastróficos eventos a serem revelados nas três últimas trombetas. Novamente “uma estrela que do céu caiu na terra” (Ap 9:1) identifica o causador deste tormento que vai durar cinco meses.
O Apocalipse fala claramente de três poderes que se opõem a Deus: 

“E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs” (Ap 16:13).

•O Dragão – é a besta que subiu do abismo (Ap 11:7; 17:8), o Ateísmo em todas as suas formas.

•A Besta – é a besta que subiu do mar (Ap 13:1), Roma Papal.

•O Falso Profeta – é a besta que subiu da terra (Ap 13:11), Estados Unidos.

A Bíblia indica que o terceiro e último ai cairá sobre a besta que subiu do mar, Roma Papal: 

“E da grande Babilônia se lembrou Deus para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira” (Ap 16:19).

“Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai, ai, daquela grande Babilônia, aquela forte cidade! Pois numa hora veio o seu juízo” (Ap 18:10, 16, 19).

A Bíblia também dá indicações de que o segundo ai cairá sobre o bloco que sustenta o ateísmo na Terra. O Ateísmo envolve todas as religiões ou sistemas que não adoram o Deus da Bíblia. 

“O sexto anjo tocou a trombeta e ouvi uma voz... dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a trombeta: Solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande rio Eufrates” (Ap 9:13-14). 

A região do Eufrates sempre foi, e ainda é, um simbolismo literal do ateísmo, onde prevalece o Islamismo. Alguém pode argumentar que a religião Islâmica não é ateísmo, mas Alá nunca foi e nunca será o Deus da Bíblia. Alá não reconhece Jesus como Seu Filho Unigênito; Alá diz que Jesus não morreu na cruz; e que a salvação não é pela graça. Islamismo é ateísmo tanto quanto o Hinduismo e o Budismo. 

A mensagem da sexta trombeta ainda dá mais uma indicação de que esse segundo ai atinge pessoas que adoram os demônios, ou seja, não pertencem ao bloco que professa o cristianismo.

“E os outros homens que não foram mortos por estas pragas (pragas do segundo ai) não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira... nem se arrependeram das suas feitiçarias” (Ap 9:20-21).

Lembrando:

•O terceiro ai cairá sobre a besta que subiu do mar – Roma Papal (Ap 16:19; 18:10, 16, 19).

•O segundo ai cairá sobre a besta que subiu do abismo – o Dragão, simbolizando o ateísmo em todas as suas formas  (Ap 9:14, 20, 21).

E quanto ao primeiro ai?

Só resta, então, a besta que subiu da Terra, os Estados Unidos  (Ap 13:11); sobre esta nação cairão os juízos do primeiro ai. 

O primeiro ai atingirá os Estados Unidos com o objetivo de conseguir a aprovação do Decreto de Morte contra o povo de Deus. É coerente pensar que assim como o Decreto Dominical sai primeiramente nos Estados Unidos, espalhando-se então por todo o mundo, o Decreto de Morte, provavelmente, seguirá a mesma estratégia.

Os Estados Unidos é que formam a Imagem da Besta (Ap 13:11-12), e se a Besta que subiu do mar e a Imagem da Besta terão o mesmo destino, então é coerente entender que o primeiro ai destina-se à Imagem da Besta. No livro O Grande Conflito se declara:

“Os protestantes dos Estados Unidos (a besta que subiu da terra) serão os primeiros a estender as mãos através da voragem para apanhar a mão do espiritismo (a besta que surgiu do abismo); estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano (a besta que subiu do mar); e sob a influência dessa tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma”. (O Grande Conflito, 588).

Não está fora de propósito entender que Satanás lançará o primeiro ai contra os Estados Unidos. Este é um esforço satânico no sentido de atormentar por cinco meses a nação onde se concentram os poderes econômico, militar, e político do mundo, no intento de conseguir a aprovação do Decreto de Morte contra os guardadores do Sábado bíblico.

Aos gafanhotos “foi-lhes dito que não causassem danos à erva da terra..., mas tão somente aos homens que não têm nas suas testas o Sinal de Deus” (Ap 9:3-4).

Os gafanhotos devem ser entendidos como simbólicos, porque geralmente atacam somente plantas, mas neste caso eles atacam pessoas. São símbolos de forças demoníacas (Ap 9:3, 5, 6).
Somente aqueles que não receberam nas suas frontes o Selo do Deus Vivo é que serão atormentados por cinco meses no contexto da quinta trombeta. 

O Selo de Deus é o Sábado do Sétimo Dia (Ap 7:2-3). O selamento ocorre justo antes do fechamento da porta da graça.

O primeiro ai, portanto, só poderá se cumprir após o fechamento da porta da graça, depois que os servos de Deus já estiverem todos selados.

Os sinais indicando o nascimento de Jesus, apareceram especialmente nas regiões em que poderiam ser discernidos. O terremoto de Lisboa, o escurecimento do sol e a queda das estrelas, ocorreram também, em regiões onde poderiam ser discernidos como sinais proféticos.

Do mesmo modo a área do mundo a ser terrivelmente atormentada por cinco meses, recebendo os juízos do primeiro ai, é a região onde se concentra a maior força do protestantismo apostatado, os Estados Unidos. 

Sobre esta nação, sobrevirá uma ruína nacional como resultado da sua apostasia: 

“E a apostasia nacional (a imposição do Decreto Dominical) será seguida por uma ruína nacional”.                                 (SDA  Bible Commentary, Vol. 7, 977).

A estrela caída de Ap 9:1 é identificada claramente em Ap 9:11 como sendo o “anjo do abismo” , Satanás, cujo nome é Abadom, o destruidor (Abadom em hebraico, e Apoliom em grego).

“Vale lembrar que esse nome Abadom é usado na maçonaria para identificar o deus Maçom. Outro nome pelo qual o deus é conhecido é Jahbulom, Ja-Bul-On, uma mistura feita de Javé com Baal e On” (William Schnoebelen, Maçonaria: Do Outro Lado da Luz, 56-58). 

É bom lembrar: 

•Que a maçonaria é a religião do governo dos Estados Unidos... onde trafega livremente e sem ser percebida. 

•O selo dos Estados Unidos que pode ser visto no verso da nota de um dólar é um selo maçônico...



•A cidade de Washington foi planejada e construída usando os símbolos da maçonaria: o compasso e o esquadro, como um monumento ao deus da maçonaria, cujo nome é Abadom.



•A Estátua da Liberdade é um monumento iluminista à Deusa da Razão, deus do iluminismo que é Satanás. 



Todas estas informações ligam a quinta trombeta aos Estados Unidos.

“Com base nos paralelos da literatura apocalíptica judaica, aprendemos que uma estrela sempre é símbolo de um ser angelical, santo ou decaído, dependendo do contexto”. 

“Assim a ‘montanha ardendo em chamas’ de Ap 8:8 e a ‘estrela ardendo como tocha’ de Ap 8:11 não são fenômenos naturais, como cometas, meteoritos, etc., e sim invasões demoníacas da Terra, por parte de seres malignos, pertencentes à classe de anjos caídos...” 

“A quinta trombeta, que é o primeiro ai, em sua descrição, ocupa onze versículos, porquanto há uma completa descrição da invasão por parte das hostes infernais, e daquilo que elas são”. (Russel Norman Champlin, O Novo Testamento Interpretado, vol. 6, 496)  

Podemos com certeza relacionar:

•“A montanha ardente” (Ap 8:8);

•“A estrela ardente” (Ap 8:10);

•“A estrela que caiu do céu” (Ap 9:1); 

•“O anjo do abismo”, Abadom (Ap 9:11),

Como sendo uma aplicação direta a Satanás!

A “estrela ardente” é um termo muito familiar aos maçons... “O centro da Loja é uma estrela ardente, que supostamente representa a providência divina, mas essa estrela invertida de cinco pontas não tem nada a ver com a providência divina... Torná-la comemorativa da estrela que se diz ter guiado os magos é dar-lhe um significado comparativamente moderno.

Originalmente representava Sírius, a estrela-cão, a precursora da inundação do Nilo... Depois, tornou-se a imagem de Hórus, o filho de Osires, também simbolizado pelo sol, o autor das estações e o deus do tempo... Tornou-se o sinal ou símbolo sagrado e potente dos magos, o Pentalfa...”. (Wiliam Schnoebelen, Maçonaria: Do Outro Lado da Luz, 99, 101).

Para os egípcios Sírius era um ídolo e “é considerada na magia a estrela mais perigosa no céu. A época em que o povo egípcio sofria mais era durante a sua ascendência. Ela alcançava o apogeu no céu egípcio em 23 de julho. Esse era o período mais quente e seco do ano para aquela civilização, quando o Nilo chegava ao seu nível mais baixo...     

Assim Sírius era a estrela do mal sufocante, abrasador... Isso é o que a ‘estrela ardente’ no coração de cada Loja maçônica representa: a estrela-cão, Sírius, o símbolo de Set!... Satanás ou Set”. (Wiliam Schnoebelen, Maçonaria: Do Outro Lado da Luz, 101, 104).

Tanto na Bíblia como na bruxaria e feitiçaria maçônica, bem como na religião egípcia, a “grande estrela ardente” representa diretamente Satanás.

Na quinta trombeta, Satanás tem a chave do poço do abismo, isto é “a Terra em estado de confusão e trevas”. (O Grande Conflito, 658). 

A introdução do “poço do abismo” neste ponto da visão é mais uma evidência de que as trombetas são eventos que ocorrem após o fechamento da porta da graça, porque o estado futuro de confusão e trevas só vai ocorrer quando Jesus deixar o Santuário.

“Deixando Ele (Jesus) o Santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra. Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor. Removeu-se a restrição que estivera sobre os ímpios, e Satanás tem domínio completo sobre os que finalmente se encontram impenitentes” (O Grande Conflito, 614).

Ap 9:3-5 informa que os homens que não têm o Selo do Deus Vivo serão atormentados por cinco meses literais. Por que cinco meses literais? Em 1844 terminou o tempo profético. O texto diz:

“Esse tempo, que o Anjo anuncia com solene juramento, não é o fim da história deste mundo, nem do tempo de graça, mas do tempo profético que deve preceder o advento de nosso Senhor; isto é, as pessoas não terão outra mensagem sobre tempo definido. Depois desse período de tempo, que se estende de 1842 a 1844, não pode haver um delineamento definido do tempo profético. 
O tempo mais longo se estende até o outono de 1844” (SDA Bible Commentary, vol. 7, 971).

O que é o tempo profético? É o princípio dia-ano, que não mais deveria ser aplicado às profecias depois de 1844. Sendo assim, todas as profecias de tempo, depois de 1844, deveriam ser consideradas como tempo literal, tal como fazemos com a profecia dos mil anos de Ap 20, que é entendida como mil anos literais.

No Antigo Testamento temos profecias de tempo literal como os 400 anos de Gn 15:13 e os 70 anos do cativeiro babilônico de Jr 25:12. Já a profecia das 2.300 tardes e manhãs de Dn 8:14 é de tempo profético.

No contexto da sexta trombeta existe outra profecia de tempo: “Foram, então, soltos os quatro anjos que se achavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano...’ (Ap 9:15). 

A quinta trombeta bem como as outras tem uma interpretação histórica, mas também deveriam ser estudadas como eventos futuros que ocorrerão após o fechamento da porta da graça..

A profecia não informa quanto tempo durarão as quatro primeiras trombetas, mas é coerente entender que a razão porque na quinta trombeta menciona-se o tempo de sua duração, cinco meses, seja porque ela tem uma duração maior que as primeiras quatro, e também por ser o “primeiro ai” mais devastador do que os juízos anteriores.

“Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais”. (Ap 9:12). 

As trombetas são seqüenciais pois só depois de passarem os juízos do primeiro ai é que é anunciado o segundo e também o terceiro (Ap 11:14).