“E,
havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu por quase meia hora. E vi os sete
anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas Sete Trombetas. E veio outro anjo, e
pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi- lhe dado muito
incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar
de ouro, que está diante do trono. E o fumo do incenso subiu com as orações
dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o
incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a Terra; e houve
depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos”. (Ap 8:1-5).
Os
seis primeiros selos revelaram os diversos grupos de pessoas julgadas no grande
Juízo Celestial, concluindo com o Julgamento dos Vivos... O sétimo, selo revela
o tempo em que Jesus deve “lançar o incensário sobre a Terra”...
“Quando
Ele atirar o incensário à Terra, cessará o ministério intercessor de Cristo.
Terminará o tempo da graça, e haverá trovões, vozes, relâmpagos e um grande
terremoto”. são cenas de um Céu que está tenso e emudecido... O sétimo
selo revela esses últimos minutos de graça justamente antes de Jesus
lançar o incensário sobre a Terra. São as cenas finais do ministério de Jesus
no Santuário.
“Almas
que estavam espalhadas por todas as corporações religiosas responderam à
chamada, e os que preciosos eram
retiraram-se apressadamente das igrejas condenadas... O poder de Deus havia
repousado sobre Seu povo... A última grande advertência tinha soado por toda
parte e havia instigado e enraivecido os habitantes da Terra que não quiseram
receber a mensagem...”
“Um
anjo com um tinteiro de escrivão ao lado voltou da Terra e referiu a Jesus que
sua obra estava feita, e os santos estavam numerados e selados. Então vi
Jesus... lançar o incensário. Levantou as mãos e com grande voz disse: ´Está
feito`. Cada caso fora decidido para vida ou para morte...”
“Retirando-se
Jesus do Lugar Santíssimo... uma nuvem de trevas cobriu os habitantes da Terra.
Não havia então mediador entre o homem culpado e Deus,... e Satanás teve
completo domínio sobre os que afinal não se arrependeram”. (Primeiros
Escritos, 279-281).
“Cada caso estava decidido,...
e os pecados que tinham sido confessados enquanto Ele esteve no Santíssimo, foram
colocados sobre Satanás, o originador do pecado... Vi então Jesus depor
Suas vestes sacerdotais e envergar Seus mais régios trajes” (Primeiros
Escritos, 279-281).
Alguém pode fazer objeção
quanto ao fato de ser Jesus o anjo que “lança o incensário sobre a Terra”.
Todavia, o Espírito de Profecia se refere várias vezes a Jesus como sendo o
Anjo do Concerto... Sobre a luta de Jacó com o Mensageiro Celestial, diz:
“Era Cristo, o ´Anjo do
Concerto` que Se havia revelado a Jacó” (Patriarcas e Profetas,
197).
Falando sobre a nuvem e a coluna
de fogo que cobria Israel, diz:
“O Anjo do Concerto veio em nome de
Deus, como o invisível Líder de Israel”.
(SDA Bible Commentary, vol 7, 927, 928).
Na visão de Zacarias relativa
ao sumo sacerdote Josué, Jesus Se apresenta como sendo o Anjo do Concerto:
“O sumo sacerdote não se pode
defender, nem ao seu povo, das acusações de Satanás... Então o Anjo, que é o
próprio Cristo, o Salvador dos pecadores, reduz a silêncio o acusador do
Seu povo, declarando: ´O Senhor te repreenda, ó Satanás...” (Testemunhos
Seletos, vol. 2, 171).
“Em Ap 8:3-5, Cristo é
evidentemente a pessoa de quem se fala”.
“No lugar Santíssimo vi uma
arca... Entre os anjos estava um incensário de ouro... Jesus estava
junto à arca, e ao subirem a Ele as orações dos santos, a fumaça do incenso
subia, e Ele oferecia suas orações ao Pai com o fumo do incenso”. (Primeiros
Escritos, 32).
Este incensário de ouro
era usado unicamente pelo sumo sacerdote, no lugar santo, no dia da expiação
(Lv 16:12-13). Os incensários usados no serviço diário do santuário pelos
sacerdotes eram de bronze (Nm 16:39).
“O fato de que o Anjo
mencionado em Ap 8:3-4 tem na Sua mão um incensário de ouro, junto ao altar
no lugar Santo, é uma evidência irrefutável de que esta é a atividade
final do ministério de Jesus no dia da expiação” (Robert Hauser, Give
Glory to Him, 76).
Unicamente Jesus é digno de
cumprir as cenas descritas em Ap 8:3-5; elas ocorrem no lugar Santo
do Santuário Celestial. O espírito de profecia cita Ap 4:5 e 8:3 antes de declarar:
“Vi um anjo, tendo um
incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as
orações de todos os santos...(Ap 8:3). Foi permitido ao profeta contemplar o
primeiro compartimento do Santuário Celestial”. (O Grande Conflito,
414).
O Anjo colocou muito incenso
porque seria a intercessão final, a última intercessão antes de Jesus jogar o
incensário sobre a Terra.
Na
cerimônia do Dia da Expiação no Santuário terrestre, o sumo sacerdote saía do
Santíssimo e vinha até o lugar Santo para completar a obra da expiação. (Lv
16:20-22).
Nos
é declarado que quando Jesus saiu do Santíssimo, “Jesus demorou um momento no
compartimento exterior do Santuário Celestial, e os pecados que tinham sido
confessados enquanto Ele esteve no lugar Santíssimo, foram colocados sobre
Satanás, o originador do pecado” (Primeiros Escritos, 280, 281).
“Com
a abertura do sétimo selo, termina o ministério do Cordeiro no Santíssimo”. (Albert R. Treyer, The Day of Atonemente and the
Heavenly Judgement, 580).
“E,
havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no Céu...” (Ap 8:1).
Como
pode este texto ser entendido?
O
sétimo selo deve ser estudado no contexto do fechamento da porta da graça, o fim da intercessão.
Jesus, que é o Anjo do Concerto, lança o incensário de ouro sobre a Terra e dá
o veredito final: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo,
suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja
santificado ainda” (Ap 22:11), e então deixa o Santíssimo e Se demora um
pouco de tempo no lugar Santo.
Neste
contexto
o silêncio no céu deve ser entendido como uma descrição, da tensão que toma
conta de toda a hoste celestial, exatamente nos últimos momentos de graça, quando
Jesus ainda intercede pelos conversos da Hora Undécima...
Os
olhos misericordiosos de Jesus contemplam esse grupo de remanescentes que ainda
não têm o Selo do Deus Vivo, e com Jesus, o Céu todo contempla essa cena com
muita angústia.
As
cenas finais do juízo mostram a porta da graça se fechando, e esses últimos
estão escapando das garras de Satanás, como tições tirados do fogo.
Em
que outra ocasião houve silêncio no Céu?
No
livro O Desejado de Todas as Nações, fala sobre os momentos de agonia de
Jesus no Getsêmane:
“A
humanidade do Filho de Deus tremia naquela probante hora. Não orava agora pelos
discípulos..., mas por Sua própria alma assediada de tentação e angústia...
Três vezes recuou Sua humanidade do derradeiro, supremo sacrifício... Mas Deus
sofria com Seu Filho. Anjos contemplavam a agonia do Salvador. Viam seu Senhor
circundado de legiões das forças satânicas, Sua natureza vergada ao peso de
misterioso pavor que todo O fazia tremer. Houve silêncio no Céu. Nenhuma harpa
soava”. (O Desejado de Todas as Nações, 661,663, 664).
Do
mesmo modo, a angústia do remanescente de Deus... nos momentos finais do
ministério intercessor de Jesus, também será sentida nas cortes celestiais
mediante o silêncio celestial...
“A
solenidade da ocasião é descrita por um curto mas significante silêncio. Este
silêncio será quebrado pelo soar das Sete Trombetas”. (Alberto R. Treyer, The Day of Atonement and the
Heavenly Judgement, 578).
Entender
o silêncio no céu como algo que vai acontecer na volta de Jesus, contraria a
alegria, a festa e o clangor das trombetas que fazem parte da volta de Jesus...
Este momento não é ocasião para silêncio, mas haverá, sim, uma explosão de
fervorosos Aleluias!.
Não
há mais conversões depois que Jesus lança o incensário sobre a Terra. O
Espírito Santo se retira, mas não dos filhos de Deus que foram selados. Eles
estão cheios do Espírito e por isso podem viver durante o período das pragas
sem nenhum intercessor no céu.
•Em
breve, muito em breve, haverá Silêncio no Céu! A porta da graça que tem estado
aberta há 2.000 anos irá se fechar.
•Um
dia a porta da arca de Noé se fechou.
•Um
dia a misericórdia divina se esgotou e Sodoma e Gomorra foram destruídas.
•Um
dia a porta da graça vai se fechar, mas hoje é tempo de graça, de misericórdia
e de perdão!
“O
Espírito e a esposa dizem: vem. E quem ouve diga: vem. E quem tem sede, venha;
e quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap 22:17).
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