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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A Sétima Trombeta



E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre.

E os vinte e quatro anciãos que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a Deus.

E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares galardão aos profetas, teus servos, e aos pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do Seu Concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraivada”. (Ap 11:15-19).

O anjo da sétima trombeta anuncia que “os reinos do mundo vieram  a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre”. (Ap 11:15).

Jesus terminou seu ministério de intercessão, a porta da graça se fechou, e agora chegou o momento final e glorioso da exaltação da santa Lei de Deus e a revelação do mistério ou Segredo de Deus:

Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o mistério de Deus” (Ap 10:7).

Que segredo ou mistério é esse? 

O apóstolo Paulo diz: “Eis aqui vos digo um mistério:... Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta... Os mortos ressuscitarão” (I Co 15:51, 52).

Paulo, em I Co 15:51 fala especificamente de um “mistério” relacionado à “última trombeta”, e identifica esse mistério:

Com a volta de Jesus;

Com a ressurreição dos justos,

E com a transformação dos justos vivos.

Não seria esse também o mesmo mistério de Ap 10:7, o anúncio do Dia e Hora da volta de Jesus?

O Comentário Adventista, vol. 6, 812,  em I Co 15:51, 52 declara:

“O tempo em que essa gloriosa transformação  terá lugar é indicado aqui. Será na segunda vinda de Cristo, pois será nessa ocasião que ‘a  trombeta de Deus’ soará, e os crentes fiéis que morreram serão ressuscitados com corpos que são inteiramente livres de todos os efeitos do pecado (Cl 3:4; Ts 4:16)”.

Com o soar da sétima trombeta, o mistério de Deus termina, e ‘os reinos deste mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo; e Ele reinará para todo o sempre’, verso 15. Oh, benfazeja voz que declara estar consumado o mistério de Deus e chegado o reino de eterna justiça!”.

Não é difícil perceber que o soar da sétima trombeta tem a ver diretamente com o momento em que a Lei de Deus será estampada no Céu e o Dia e a Hora da Volta de Jesus serão anunciados, porque estes eventos só acontecerão após Jesus ter lançado o incensário sobre a terra, pondo fim à Sua intercessão. Deixa o Santíssimo e Se demora um pouco de tempo no Lugar Santo. Esse é o período das Sete Trombetas.

“Retirando-Se Jesus do Lugar Santíssimo..., uma nuvem de trevas cobriu os habitantes da Terra... Quando Ele saiu de entre o homem e o Pai... Satanás teve completo domínio sobre os que afinal não se arrependeram. Era impossível serem derramadas as pragas (das trombetas e de Ap 16), enquanto Jesus oficiava no Santuário. Jesus demorou um momento no compartimento exterior do Santuário Celestial, e os pecados que tinham sido confessados enquanto Ele esteve no Lugar Santíssimo, foram colocados sobre Satanás. 
Vi então Jesus depor Suas vestes sacerdotais e envergar Seus mais régios trajes... Cercado pela hoste angélica, deixou o céu. As pragas estavam caindo sobre os habitantes da Terra”.                     (Primeiros Escritos, 280, 281).

Eventos no período da sétima trombeta:

É vista a Arca no Templo do Céu. A Lei de Deus é vista estampada no Céu (Ap 11:19; O Grande Conflito, 639).

É revelado o Dia e a Hora da Volta de Jesus.  (Ap 10:7, O Grande Conflito, 640).

Jesus virá no período da última trombeta ( I Co 15:52).

A “ira de Deus” se manifesta através das Sete Pragas (Ap 11:18), “Nada havia para deter a ira de Deus, e ela irrompeu com fúria sobre a cabeça desabrigada do pecador culpado”. (Primeiros Escritos, 280).

Eventos no período da Sétima Trombeta:

Em Ap 11:18 os 24 anciãos anunciam: a ira das nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos.

Joseph Battistone, autor da Lição da Escola Sabatina, 2º trimestre de 1989, interpretou essas três frases de Ap 11:18 da seguinte forma:

A ira das nações”. “Ira de umas contra as outras, mas principalmente contra Deus e Seu povo. Elas participarão de uma confederação que procurará destruir o povo de Deus”.

A ira de Deus”. “É o derramamento das Sete Últimas Pragas”.

O tempo de julgar os mortos”. “Visto que este acontecimento inclui a destruição final dos ímpios, ele abrange eventos de ambos os lados do Milênio, mas se concentra nas recompensas finais”. (Lição da Escola Sabatina, 1ª parte, 2º trimestre, 1989, 168).

Os eventos preditos nas seis primeiras trombetas iraram as nações, unificando-as finalmente contra o povo de Deus. São Juízos Indiretos de Deus, isto é, permitidos por Deus, mas causados por Satanás.

Ao toque da sétima trombeta ocorrem os juízos das Sete Pragas, chamados de Juízos Diretos porque procedem diretamente de Deus. Com as Sete Pragas começa o Juízo Executivo dos ímpios, porque o final do verso 18 diz: “é o tempo de destruíres os que destroem a terra”.

No livro Primeiros Escritos, página 36, diz:

“Vi que a ira das nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos eram acontecimentos separados e distintos, seguindo-se um ao outro”. Existe uma ordem na seqüência dos eventos.

Chegou o tempo de Deus “dar o galardão aos profetas, aos santos, e aos que temem o Teu nome”. Isto significa a recompensa divina que inclui a proclamação do Concerto de Paz, tendo como base a Arca do Seu Concerto; a exaltação da Sua Lei; a declaração do Dia e Hora da volta de Jesus, e finalmente a tão esperada glorificação e trasladação para o Céu: “E abriu-se no céu o Templo de Deus, e a Arca do Seu Concerto foi vista no Seu Templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraivada”. (Ap 11:19).

Este verso tem dupla aplicação. Em primeiro lugar aponta a porta aberta no céu (Ap 4:1), em 1844: “indica a abertura do lugar Santíssimo do Santuário Celestial, em 1844, ao entrar Cristo ali para efetuar a obra finalizadora da expiação” (O Grande Conflito, 433).

Agora, num tempo específico da sétima trombeta, antes de Jesus deixar o Céu, novamente o Templo de Deus se abre para a exaltação da Sua Santa Lei:

“Quando for aberto o Templo de Deus no céu..., será vista a Arca do Concerto em que foram colocadas as duas tábuas de pedra, nas quais está escrita a Lei de Deus... Essas tábuas de pedra... serão convincente testemunho da verdade e dos reclamos obrigatórios da Lei de Deus”. (SDA  Bible Commentary, vol. 7, 972). 

A Lei de Deus Estampada no Céu

“A glória da cidade celestial emana de suas portas entreabertas. Aparece de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre  outra... Aquela Santa Lei..., revela-se agora aos homens como a regra do juízo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos as podem ler. Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os Dez Preceitos divinos, breves, compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra. É impossível descrever o horror e desespero dos que pisaram os santos mandamentos de Deus” (O Grande Conflito, 639).

A revelação e exaltação da Santa Lei de Deus começou em 1844 com a abertura do Santíssimo, continuou com a pregação das três mensagens angélicas, e seu clímax acontecerá exatamente quando os Dez Mandamentos forem, literalmente, estampados no Céu, justamente antes da Segunda Vinda de Jesus.

A Revelação do Segredo de Deus

Depois da proclamação do Seu Concerto de Paz, depois de ter sido Sua Lei reconhecida e lida por todos os habitantes da Terra, chega finalmente o momento de Deus revelar o “mistério”, o “segredo” de Ap 10:7 há tanto tempo anunciado aos profetas: A declaração do Dia e da Hora da Volta de Jesus!

“A voz de Deus é ouvida no céu, declarando o Dia e a Hora da Vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão, Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir com o olhar fixo no alto... Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória”. (O Grande Conflito, 640).

O período da sétima trombeta não termina em Ap 11:19, ele se estende até a volta de Jesus, cobrindo todo o período das Sete Pragas e o tempo do terceiro “ai” conforme Ap 16:19; 17:16; 18:8-10.

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