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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Os Sete Selos – O Segundo Selo.



E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: vem e vê. E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da Terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada”.(Ap 6:3-4).

O segundo ser vivente, semelhante a um bezerro, símbolo da tribo de Efraim, anuncia a mensagem do segundo selo, o cavalo vermelho... Por ter-se voltado aos ídolos, Efraim tornou-se símbolo da idolatria: “fez-se culpado em Baal, e morreu...” (Os 13:1).

Dos homens de Efraim que sacrificam é dito: “beijam ídolos em forma de bezerro” (Os 13:2 NVI).

Zacarias ajuda a entender a mensagem apocalíptica “Tive de noite uma visão, e eis um homem montado num cavalo vermelho... atrás dele se achavam cavalos vermelhos, baios e brancos” (Zc 1:8).

A interpretação é dada nos versos 10 e 11: “são os que o Senhor tem enviado para percorrerem a terra”, e o relatório apresentado por eles é: “que a terra está agora tranqüila e em descanso”.

Este é um relatório falso porque o profeta Ezequiel diz: “Assim diz o Senhor Deus: Ai dos profetas loucos... que andam enganando, sim, enganando o meu povo, dizendo paz, quando não há paz...” (Ez 13:3, 10).

O que significa o vermelho?

Em Is 63:1-6, a cor vermelha aparece como símbolo de juízo.

Em Ap 12:3, o vermelho está associado ao dragão.

Em Ap 17:3, o vermelho está associado à besta.

O cavalo vermelho representa a classe de cristãos que professa... Crer no sangue de Jesus para perdão dos pecados, todavia, são mensageiros falsos, pregam uma mensagem de paz e segurança quando não há paz...; São os cristãos que aceitam a Jesus como Salvador, mas O rejeitam como Senhor, não se submetem a Ele, recusam-se a obedecer a Seus mandamentos.

O símbolo do bezerro é apropriado aqui porque relaciona o grupo do cavalo vermelho com a idolatria; pretendem adorar a Deus, mas, na realidade, entregam-se à idolatria. Assim como Efraim foi escolhido como primogênito em lugar de Manassés, os deste grupo também foram escolhidos como primogênitos para Deus.

Quando Efraim falava, os homens tremiam; ele era exaltado em Israel. Mas tornou-se culpado da adoração a Baal e começou a morrer” .      (Os 13:1 NVI).

O mesmo acontecerá com aqueles do grupo do cavalo vermelho, porque não honraram o chamado de Deus.

O cavaleiro não é Jesus, é o próprio Satanás. É descrito como aquele que “tira a paz da terra, para que os homens se matem uns aos outros;  e foi-lhe dada uma grande espada” (Ap 6:4).

Em Hb 2:14 Deus declara que o diabo é o “que tem o império da morte”, enquanto que dos lábios de Jesus temos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”. Cristo é chamado de O Príncipe da Paz.

O cavaleiro Satanás carrega um símbolo de juízo, uma grande espada, e se apresenta como o líder e guia deste grupo, mas no Juízo Celestial, serão julgados por Jesus, porque professam fé em Jesus.

Há referências na Bíblia onde os cavalos são usados como símbolo de mensageiros angélicos.

Erwin R. Gane (Revelações do Apocalipse, vol. I, 232), faz uma aplicação, relacionando os três primeiros cavalos: branco, vermelho e preto, com as Três Mensagens Angélicas.

1.  Primeira mensagem: “é chegada a hora do juízo” (Ap 14:7).

2. Segunda mensagem: “caiu, caiu Babilônia” (Ap 14:8).

A segunda mensagem angélica de Ap 14 identifica-se com os cristãos do cavalo vermelho, cujo cavaleiro é Satanás; a experiência espiritual deles tem a ver com a adoração do bezerro:

“Rejeitando a advertência do primeiro anjo, desprezaram os meios que o Céu provera para a sua restauração... e com maior avidez volveram à busca da amizade do mundo. Eis aí a causa da terrível condição de mundanismo, apostasia e morte espiritual, que prevalecia nas igrejas em 1844” (Grande Conflito, 380).

“A mensagem de Ap 14, anunciando a queda de Babilônia, deve aplicar-se às organizações que se corromperam... não se refere apenas à Igreja de Roma, pois que esta igreja tem estado em condição decaída há muitos séculos... A mensagem do segundo anjo..., foi primeiramente pregada no verão de 1844, e teve naquele tempo uma aplicação mais direta às igrejas dos Estados Unidos, onde a advertência do juízo tinha sido mais amplamente proclamada e em geral rejeitada...” (Grande Conflito, 381, 383, 389).

A mensagem do segundo anjo, assim como a mensagem do segundo Selo, aplicam-se mais especificamente às filhas de Babilônia, enquanto que a mensagem do terceiro anjo e a mensagem do terceiro Selo aplicam-se diretamente à Igreja Mãe.

Na visão de Daniel entendemos que quando o Juiz se assentou, “abriram-se os livros”, mais de um, portanto.

Na visão do Juízo, dada em 1879, a abertura do primeiro livro identifica-se com o primeiro selo (“Ao abrirem-se os livros de registro no juízo, é passada em revista perante Deus a vida de todos os que creram em Jesus... Começando pelos que primeiro viveram na Terra” (Grande Conflito, 483] ).

A visão mostra a abertura de um segundo livro, contendo os pecados dos cristãos nominais:

“Abriu-se um outro livro, no qual se achavam registrados os pecados dos que professam a verdade... Em angústia de alma, cada um declara a própria culpa e de maneira terrivelmente vívida vê que, pecando, atirou fora a preciosa dádiva da vida eterna... Foram mencionados os nomes de todos quantos professam a verdade”. (Testemunhos Seletos, vol. I, 518-520).

A mensagem do segundo anjo e a mensagem do segundo selo alcançam o seu cumprimento completo... Na proclamação do Alto Clamor (Ap 18), após o cumprimento da terceira mensagem angélica, a saber, a imposição do Decreto Dominical... O Juízo Investigativo está avaliando os fiéis e obedientes filhos de Deus, e os cristãos nominais presentes em todas as igrejas evangélicas, que seguem as doutrinas e tradições de Babilônia, a Igreja Mãe; por isso tais igrejas são chamadas de filhas de Babilônia.

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