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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Os Sete Selos – O Terceiro Selo.



E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer o terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiqueis o azeite e o vinho” (Ap 6:5-6).

A mensagem do terceiro selo é anunciada pelo terceiro ser vivente, que tinha rosto como de homem. Este era o símbolo na bandeira de Rúbem, o primogênito de Jacó que perdeu o direito da primogenitura  porque se entregou à prostituição, ao deitar-se com uma das concubinas do seu pai. A atitude de Rúbem é um símbolo apropriado da grande Meretriz com a qual se prostituíram todos os reis da terra (Ap 17:2).

A grande Meretriz é a igreja que deixou de confiar em Deus para confiar no Homem do pecado, no Filho da Perdição,

“o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (II Ts 2:3-4),

mas ele não é Deus; é simplesmente um homem, chamado de o homem do pecado. A descrição do que fez Rúbem é também uma descrição do que fez a Igreja Mãe (Ap 17).

O cavalo preto representa o papado, o Rei do Norte de Dn 11:40-45. Isso é  confirmado por Tiago White e outros pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia   (Tiago White Review and Herald, 29/11/1877). Zacarias novamente ajuda a entender o significado da profecia.

Zacarias 6:6 diz: “O carro em que estão os cavalos pretos sai para a terra do Norte”.

Essa corrida para a terra do Norte está relacionada com a Babilônia espiritual, a Igreja Mãe, a Mãe das meretrizes de Ap 17:5. Essa é a maior igreja cristã do planeta, pois também professa fé em Jesus, por isso a Igreja de Roma também será julgada no juízo pré-advento.

Tinha uma balança na mão”.

Jesus Se apresenta como sendo o Cavaleiro do cavalo preto, o único que tem a balança do juízo nas mãos, o único que pode dizer: “Pesado foste na balança e achado em falta” (Dn 5:27).

Daniel 5 retrata o julgamento da Babilônia literal, enquanto Ap 6:5-6 e 14:9-11 referem-se à Babilônia espiritual. A linguagem usada por Daniel e João é uma linguagem de juízo. O simbolismo da balança no terceiro selo representa um julgamento justo e misericordioso para com as almas que saem de Babilônia na última hora. Ellen White diz que a mensagem do terceiro anjo assinala o momento certo da grande colheita dos sinceros que vêm de Babilônia.

“Vi então o terceiro anjo. Disse o meu anjo acompanhante:

´Terrível é sua obra. Tremenda sua missão. Ele é o que deve separar o trigo e o joio, e selar, ou atar o trigo para o celeiro celestial. Essas coisas devem absorver toda a mente, a atenção toda”. (Primeiros Escritos, 118).

Este é o ponto central do terceiro selo”.

“Nessa balança do Santuário serão pesados os membros individuais da igreja cristã; e se seu caráter moral e seu estado espiritual não corresponderem aos benefícios e bênçãos que lhes foram conferidos, serão achados em falta”.               (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 450).

“A menos que entremos no Santuário do Céu e nos unamos com Cristo, com temor e tremor, trabalhando pela nossa salvação, nós seremos pesados nas balanças do Santuário, e achados em falta”. (SDA Bible Comentary, vol. 7, 933-934).

A balança mencionada em Dn 5:27 e a balança de Ap 6:5 foram vistas também por Ellen White como sendo as balanças do Santuário. Essa é uma linguagem simbólica, puramente de juízo.

Outra evidência de que o terceiro selo, o cavalo preto, corresponde à Igreja de Roma, o papado, pode ser encontrada na terceira mensagem angélica de Ap 14:9-10.

A mensagem se aplica primeiramente à Igreja de Roma, e em segundo lugar à imagem da besta. Logo, a advertência do terceiro anjo é contra todos os que recebem o sinal da besta, e a advertência do terceiro selo é para que não sejam danificados nem o azeite e nem o vinho.

Estes são os símbolos que representam o povo sincero e temente a Deus que ainda está dentro da Igreja de Roma. Essas pessoas não devem ser desprezadas. Durante a Chuva Serôdia do Espírito Santo, milhares e milhares deixarão a apostasia e se unirão aos que “guardam os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus”. (Ap 14:12).

Milhares de cristãos que já desceram à sepultura, foram membros da igreja caída, todavia, seguiram a luz recebida e serão julgados no juízo pré-advento, de acordo com a luz que possuíam.. Por isso, na mensagem do cavalo preto, Jesus, o Cavaleiro, está dizendo: “não danifiqueis o azeite e o vinho” (Ap 6:6)”.

O azeite e o vinho”. A frase é usada em relação ao trigo e à cevada; representam os conversos da última hora, e esta será a maior de todas as colheitas.

“No capítulo dezoito do Apocalipse, o povo de Deus é convidado a sair de Babilônia. De acordo com esta passagem, muitos do povo de Deus ainda devem estar em Babilônia. E em que corporações religiosas se encontrará hoje a maior parte dos seguidores de Cristo? Sem dúvida, nas várias igrejas que professam a fé protestante... Apesar das trevas espirituais e afastamento de Deus prevalecentes nas igrejas que constituem Babilônia, a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo encontra-se ainda em sua comunhão” (Grande Conflito, 383, 390).

“Para reaver para si o homem e assegurar-lhe a eterna salvação, Cristo abandonou a corte celestial e veio a esta Terra onde por ele padeceu ignomínia, morrendo para libertá-lo. À vista do preço infinito que pagou pelo seu resgate, como ousará alguém, que professa o nome de Cristo, tratar com indiferença ao mais humilde de Seus discípulos? Quão circunspectos devem ser na igreja os irmãos e irmãs, tanto nas palavras como nas ações, a fim de não prejudicar o azeite e o vinho!”. (Testemunhos Seletos, vol. 2, 258).

Através do Alto Clamor o azeite e o vinho serão chamados a sair de Babilônia e se unirem ao remanescente fiel.

O último convite será feito antes do fechamento da porta da graça; e o remanescente fiel terá uma grande tarefa pela frente: instruir a grande multidão.

“Alguns de nós temos tido tempo de possuir a verdade e progredir passo a passo, e cada passo dado tem-nos propiciado força para o seguinte. Mas agora o tempo está quase findo, e o que durante anos temos estado aprendendo, eles terão de aprender em poucos meses. Terão também muito que desaprender e muito que tornar a aprender. Os que não receberam o sinal da besta e da sua imagem, quando sair o decreto, terão que estar decididos a dizer agora: Não, não mostraremos estima pela instituição da besta” (Primeiros Escritos, 67).

O remanescente de Deus deve tratar os discípulos vindos de Babilônia com muito cuidado, para não danificar o azeite e o vinho, mas prepará-los para estarem em pé diante de Deus durante as sete últimas pragas.

A ênfase do terceiro selo é colocada especialmente nos conversos da hora undécima (Ap 18:4). Essa grande multidão também faz parte do juízo pré-advento, do Juízo dos Vivos, e serão selados pelo Selo do Deus Vivo.

“Há muitas almas que sairão das fileiras do mundo e das igrejas, até da Igreja Católica, cujo zelo excederá consideravelmente o dos que têm estado a postos para proclamar a verdade até agora. Por esta razão os trabalhadores da hora undécima receberão o seu denário” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, 386, 387).

“Os trabalhadores de uma hora serão chamados na hora undécima, e eles consagrarão sua habilidade e seus recursos para fazer avançar a obra do Senhor”. (Review and Herald, 21/12/1997).

“Vi que os que ultimamente têm abraçado a verdade terão que aprender o que é sofrer por amor de Cristo... e pelo sofrimento capacitados a receber o Selo do Deus Vivo e a passar pelo tempo de angústia”, (Primeiros Escritos, 67).

O profeta Joel prediz que no tempo da Chuva Serôdia haverá uma grande colheita de almas:

“E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso Deus, porque ele vos dará ensinador de justiça, e fará descer a chuva, a Temporã e a Serôdia, no primeiro mês. E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de óleo” (Joel 2:23-24).

O Trigo e a Cevada”. O que representam? A cevada era mais barata que o trigo. O trigo era o principal alimento do povo da Palestina; a cevada era o alimento comum usado pelos pobres, e também pelos animais. 

O alto preço do trigo e da cevada mostra quão preciosos são para Deus aqueles representados por esses cereais. Trigo e cevada são representados na Bíblia como parte do povo de Deus, e não podem ser confundidos como joio.

O trigo representa os fiéis que serão recolhidos ao celeiro na volta de Jesus (Mt 13:24-30). A cevada, por sua vez, é mencionada na festa das Primícias (Lv 23:9-14). 

Os molhos das Primícias eram feitos dos melhores grãos de cevada, e representavam a colheita. “Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro”.

Deus oferece aos trabalhadores da última hora a mesma recompensa oferecida aos que trabalharam o dia todo.

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