“E
o primeiro anjo tocou a sua Trombeta, e houve saraiva, e fogo misturado com
sangue, e foram lançados na Terra, que foi queimada na sua terça parte;
queimou-se a terça parte das Árvores, e toda a erva verde foi queimada” (Ap
8:7).
Quando
Jesus lançar o incensário sobre a Terra, fechando a porta da graça, e for
removida a restrição dada aos quatro anjos: “Não danifiqueis a terra nem o
mar, nem as árvores até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do
nosso Deus” (Ap 7:3), “Satanás mergulhará os habitantes da Terra em uma
grande angústia final. Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos
impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de
contenda. O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que
sobreveio a Jerusalém na antiguidade” (O Grande Conflito, 614).
Pode
Satanás manipular os elementos da Natureza?
Satanás
“estudou os segredos dos laboratórios da Natureza, e emprega todo o seu poder
para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus”. (O Grande Conflito,
589).
Embora
muitos interpretem a saraiva e o fogo como sendo simbólicos, a Bíblia sugere
que são literais. Devemos tomar a Bíblia no sentido literal, a menos que ela
mesma interprete o simbolismo. O espírito de profecia interpreta as primeiras
quatro pragas de Ap 16 como sendo literais (O Grande Conflito, 628).
E parece coerente e correto entendermos que se as pragas de Ap 16 são literais, a
contrafação também é literal.
A
primeira trombeta anuncia juízos sobre a Terra tal como a primeira praga de Ap
16: 2, mas a saraivada da primeira trombeta imita a saraivada da sétima praga
de Ap 16:21. Ao som da primeira trombeta não há chuva, mas somente saraiva.
Podemos entender a falta de chuva na primeira trombeta ao examinarmos Ap 11:6.
Estas (as duas testemunhas) têm
poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia”.
A
história vai se repetir. Elias “pediu que não chovesse, e por três anos e
seis meses, não choveu sobre a Terra” (Tg 5:17), enquanto Jezabel estava reinando
sobre Israel. A profecia de Ap 11:6 certamente vai se cumprir quando Jezabel
espiritual, isto é, Roma Papal, estiver novamente reinando sobre a Terra, a
partir do tempo em que o Decreto Dominical se tornar universal. Neste tempo as
florestas e árvores estarão extremamente secas por falta de chuva.
Uma
situação muito semelhante é descrita pelo profeta Joel:
“Ah!
Aquele dia! Porque o dia do Senhor está perto, e virá como uma assolação do
Todo_Poderoso... A semente apodrece debaixo dos seus torrões, os celeiros foram
assolados, os armazéns derribados, porque se secou o trigo. Como geme o gado!
As manadas de vacas estão confusas porque não tem pasto; também os rebanhos de
ovelhas são destruídos. A Ti, ó Senhor clamo, porque o fogo consumiu os pastos
do deserto, e a chama abrasou todas as árvores do campo. Também todos os
animais do campo bramam a Ti; porque os rios se secaram e o fogo consumiu os
pastos do deserto”. (Jl 1:15-20).
O
espírito de profecia aplica este texto de Joel à quarta praga de Ap 16:8-9 (O
Grande Conflito, 628).
Satanás
inicia sua obra de engano antes do fechamento da porta da graça, antes mesmo
que o Decreto Dominical seja aprovado...
Através de seus agentes, ou pessoalmente, ou talvez através de alguma
manifestação espírita, aparece como anjo de luz:
“O
próprio Satanás está convertido segundo a nova ordem de coisas. Ele aparecerá
no aspecto de Anjo de Luz. Mediante a agência do espiritismo, operar-se-ão
prodígios, os doentes serão curados, e se efetuarão muitas e inegáveis
maravilhas”. (O Grande Conflito, 588).
Essa
aparição de Satanás como Anjo de Luz não deve ser confundida com a posterior
aparição de Satanás personificando Jesus depois do fechamento da porta da graça.
“O
inimigo está se preparando para enganar o mundo inteiro através do poder de
operar milagres. Ele pretenderá personificar os anjos de luz, e personificar Jesus Cristo”. (Mensagens
Escolhidas, vol. 2, 21).
Antes
do Decreto Dominical ser imposto o mundo já estará passando por profundas
crises, “e então o grande enganador persuadirá os homens de que os que servem a
Deus estão motivando esses males... Declarar-se-á que os homens estão ofendendo
a Deus pela violação do descanso dominical; que este pecado acarretou
calamidades que não cessarão antes que a observância do domingo seja
estritamente imposta; e que os que apresentam os requisitos do quarto
mandamento, destruindo assim a reverência pelo domingo, são perturbadores do
povo, impedindo a sua restauração ao favor divino e à prosperidade temporal”. (O
Grande Conflito, 590).
A
ausência da prosperidade temporal significa que antes do Decreto Dominical haverá
uma crise financeira: “governantes e legisladores, a fim de conseguir o favor
público, cederão ao pedido popular de uma lei que imponha a observância do
domingo” (O Grande Conflito, 592).
Existe
uma seqüência das ações de Satanás:
•Pessoalmente,
ou através dos seus agentes, aparece como Anjo de Luz.
•O
grande enganador persuade os homens de que as calamidades pelas quais o mundo
passa, não cessarão antes que a observância do domingo seja imposta. O
Decreto Dominical é então aprovado.
•Após
o fechamento da porta da graça ele obtém domínio completo sobre os
impenitentes e afligirá toda a Terra, conforme o curso de ação já delineado
nas Sete Trombetas.
Satanás
só age dentro dos limites pré-estabelecidos por Deus. As Sete Trombetas revelam
exatamente esses limites. A expressão ´terça parte” é repetida muitas
vezes na profecia das Sete Trombetas:
•“a
terça parte das árvores” (Ap 8:7);
•“a
terça parte do mar” (Ap 8:8);
•“a
terça parte dos rios” (Ap 8:10);
•“a
terça parte do sol, a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para
que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse”
(Ap 8:12);
•“a
fim de matarem a terça parte dos homens” (Ap 9:15, 18).
Satanás
ficou conhecido como o anjo da “terça parte”... Se não fossem os limites
colocados por Deus Satanás destruiria a Terra toda.
Satanás
não quer ser visto como o originador dos eventos anunciados nas trombetas. “Por
tal forma ele se ocultou de ser visto, que muitos quase que não acreditam em
sua existência”. (Testemunhos Seletos, 2, 105).
Ele
sempre lançou em Deus a culpa, ou apontou Deus como sendo o originador da dor e
do sofrimento... Muitos têm ouvido falar bastante sobre as Sete Pragas que Deus
enviará sobre a Terra, e por isso ele tenta imitar o mais próximo possível
essas pragas, para que pareça ao mundo que
a destruição revelada nas trombetas tem origem em Deus... Quando chegar
o momento da última contrafação, Satanás personificando Jesus... convencerá
então o mundo de que os juízos destrutivos anunciados nas trombetas estão vindo
da parte de Deus.
É
grande a diferença entre a saraiva (chuva de pedras) e fogo da primeira
trombeta (Ap 8:7), e as chagas malignas da primeira praga (Ap 16:2).
Por que essa diferença?
Se
Satanás está tentando contrafazer as pragas, não poderia ele imitar também as
chagas malignas? Sim, se Deus o permitisse, mas considerando que a primeira
praga cai sobre “os homens portadores da marca e adoradores da sua imagem”
(Ap 16:2), e que certamente Deus não permitiria que tal praga caísse sobre os
Seus filhos, se Satanás, ao som da primeira trombeta, também provocasse chagas
malignas, com isso estaria identificando os seus seguidores.
O
sofrimento infligido por Satanás através das trombetas tem como objetivo
despertar o ódio do mundo contra os guardadores do sábado. Ele confirmará que
todos os sofrimentos e destruição foram causados, não pelos pecados do povo,
mas por causa da profanação do domingo pelos guardadores do sábado, e a única
solução será bani-los da face da terra, através de um Decreto de Morte. Os
juízos anunciados nas trombetas são usados por Satanás como uma estratégia para
conseguir a aprovação desse decreto.
A
Segunda Trombeta.
“E
o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande
monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a
terça parte do mar.
E
morreu a terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se
a terça parte das naus”
(Ap 8:8-9).
Esta
contrafação se aproxima bastante da segunda praga que é derramada sobre o mar.
“E
o segundo anjo derramou a sua salva no mar, que se tornou em sangue como de um
morto, e morreu no mar toda a alma vivente” (Ap 16:3).
Satanás
“estudou os segredos dos laboratórios da Natureza, e emprega todo o seu poder
para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus”. (O Grande Conflito,
589).
A
Terceira Trombeta
“E
o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela,
ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes
das águas.
E
o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos
homens morreram das águas, porque se tornaram amargas” (Ap 8:10-11).
Quem
é a grande estrela que caiu do Céu?
A
Bíblia diz que “a terça parte das estrelas do céu” (Ap 12:4) foi lançada sobre a terra, isto é, a terça parte
dos anjos do Céu foi expulsa junto com Lúcifer...
A
grande estrela que caiu do Céu, é o próprio Satanás. Em Is 14:12 o nome
Lúcifer significa “aquele que brilha”. Na septuaginta a palavra usada significa
“estrela da manhã”. Satanás, obviamente, é a grande estrela caída do céu. Em
Lucas 10:18 Jesus diz:
“Eu
via Satanás cair do céu como um raio”.
A
Terceira Trombeta
“E
o nome da estrela era Absinto”; Absinto é um nome que expressa perfeitamente
a amargura não só das águas, mas também a amargura da própria vida humana desde
que o pecado aqui entrou. Absinto é um símbolo do mal no Antigo Testamento (Dt
29:18 e 32:32). A verdadeira natureza de Satanás também aparece ao fazer com
que a “terça parte das águas” fiquem amargas; esta é uma contrafação da
terceira praga (Ap 16:4) onde as águas dos rios se tornaram em sangue.
A
Quarta Trombeta.
“E
o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça do sol, e a terça
parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se
escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite
“ (Ap 8:12).
Esta
trombeta anuncia uma escuridão parcial cobrindo a terra. É uma imitação da
quarta praga (Ap 16:8-9).
“Assim
como Satanás influenciou Esaú a marchar contra Jacó, instigará os ímpios a
destruírem o povo de Deus no tempo de angústia... Conta com as multidões do
mundo como seus súditos; mas o pequeno grupo que guarda os mandamentos de Deus,
está resistindo a sua supremacia”. (O
Grande Conflito, 618).
Até
aqui Satanás ainda não conseguiu cumprir seu intento, a aprovação de um Decreto
de Morte contra o povo de Deus, assim ele lança mão dos “três ais”, das
três últimas trombetas”.
“E
olhei, e ouvi um anjo (do grego aetos, cuja tradução correta seria
águia ou abutre) voar pelo meio do céu,dizendo com grande voz : Ai! Ai!
Ai! Dos que habitam sobre a terra! Por causa das outras vozes das trombetas dos
três anjos que hão de ainda tocar “ (Ap 8:13).
O
Apocalipse fala de três diferentes bestas: a besta que subiu do mar
(13:1), a besta que subiu da terra (13:11), e a besta que subiu do abismo
(11:7; 17:8).
Os
“três ais” podem ser aplicados a estes três diferentes poderes.
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