No ano terceiro do reinado do
rei Belsazar apareceu-me uma visão, a mim, Daniel, depois daquela que me
apareceu no princípio.
(Daniel 8:1)
Este
é o ano 551 a.C. Daniel diz que teve outra visão depois daquela que ele teve a
principio, Daniel esta se referindo a visão do capitulo 7.
Daniel
esta dizendo que existe uma relação entre o capitulo 7, e o capitulo 8.
O
capitulo 7 verso 26: “Mas o tribunal se
assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para
o desfazer até o fim.”
Daniel
indica que o juízo celestial seria estabelecido depois de 1798, inicio do tempo
do fim, quando acabaram os 1260 anos de perseguição, e entao vem a segunda
vinda de Jesus. Estes são os grandes marcos do capitulo 7.
O
capitulo 8 recapitula o surgimento e a queda dos reinos, e então se concentra
especificamente em um período de tempo
conhecido como juízo celestial.
Daniel não entendeu a visão do capitulo 8, mas um ser majestoso ordenou ao anjo Gabriel que desse a entender a Daniel a visão.
E ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai, a qual gritou, e disse: Gabriel, faze que este homem entenda a visão.
Veio, pois, perto de onde eu
estava; e vindo ele, fiquei amedrontado, e caí com o rosto em terra. Mas ele me
disse: Entende, filho do homem, pois esta visão se refere (ao tempo do fim”). Daniel 8:15 e 16.
E
quem é Gabriel? A bíblia nos responde; “Ao
que lhe respondeu o anjo: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui
enviado para te falar e te dar estas boas novas. (Lucas 1:19”).
O
Ser que deu a ordem a Gabriel com uma voz de homem, é o próprio Jesus Cristo.
Então
entendemos que é do interesse de Jesus, nossa compreensão do capitulo 8 de
Daniel; pois ela se aplica para nosso tempo, o tempo do fim.
Daniel
8:17 “Veio, pois, perto de onde eu
estava; e vindo ele, fiquei amedrontado, e caí com o rosto em terra. Mas ele me
disse: Entende, filho do homem, pois esta visão (se refere ao tempo do fim”).
Daniel
8:3
“Levantei os olhos, e olhei, e eis que estava
em pé diante do rio um carneiro, que tinha dois chifres; e os dois chifres eram
altos; mas um era mais alto do que o outro, e o mais alto subiu por último”.
A
interpretação vemos no verso 20 do capitulo 8.
Daniel
8:20.
“Aquele carneiro que viste, o
qual tinha dois chifres, são estes os reis da Média e da Pérsia”.
A
Bíblia vai dando a profecia, e vai lhe dando a interpretação, as profecias
Bíblias não ficam a critério humano interpretas, Deus nos dá a interpretação.
O
carneiro com dois chifres representa então a Medo-Pérsia, o anjo Gabriel deu a
interpretação, embora a Pérsia tenha surgido depois da Media, a Pérsia se
tornou o poder dominante, por isso um chifre era maior que o outro, Ciro o
persa rebelou-se contra o seu avo o rei Astiages, ultimo rei da Media no ano de
553 a.C.
Os Medos porem não foram tratados com inferioridade, embora tenham
sido derrotados pelos Persas, os Medos se tornaram aliados dos Persas, e houve
uma parceria entre os Medos e os Persas.
Daniel
8:4
“Vi que o carneiro dava
marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe
podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porém,
fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia”.
Nós
vemos ai as conquistas feitas pela Pérsia, em 547, 4 anos depois da visão de
Daniel capitulo 8, Ciro o persa anexou a Lidia ao seu reino, em 538 conquistou
a Babilônia, em 525 conquistaram o Egito, e quando Dario seu tio morreu cerca
de 2 anos mais tarde, Ciro assumiu o governo de tudo.
Daniel
8:5 a 7.
E, estando eu considerando, eis que um bode
vinha do ocidente sobre a face de toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele
bode tinha um chifre notável entre os olhos.
E dirigiu-se ao carneiro que
tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu
contra ele no furor da sua força.
7 Vi-o
chegar perto do carneiro; e, movido de cólera contra ele, o feriu, e lhe
quebrou os dois chifres; não havia força no carneiro para lhe resistir, e o
bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; também não havia quem pudesse
livrar o carneiro do seu poder.
Aqui
vemos o surgimento da Grécia. Sua interpretação no verso 21.
Daniel
8:21.
Mas o bode peludo é o rei da
Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei.
O
primeiro rei que é representado pelo grande chifre, é rei da Grécia Alexandre o
Grande, quem estabeleceu o império grego.
A
profecia diz que o bode vinha do ocidente, e exatamente a Grécia estava no
ocidente em relação a Pérsia, profecia
diz que o bode vinha sem tocar no chão, dando referencia a velocidade de suas
conquistas e domínio, Alexandre derrotou 3 vezes os exércitos de Dario lll,
(não confundir com o tio de Ciro, Dario lll é outro).
O
Exercito persa era imenso, mas Alexandre o Grande somente com 35 mil soldados,
e provisão de comida só para um mês, ele atravessou o mar Egeu, que tem 65 Km
de comprimento, e venceu as batalhas em território Persa.
No
ano 334 Alexandre venceu a batalha de Grânico.
No
ano 333 Alexandre venceu a batalha de Issus.
No
ano 331 Alexandre venceu a batalha de Arbela.
Alexandre
levou seus exércitos a marchar pela Síria, Fenincia, Palestina e até o Egito,
de 332 a 331, ele destruiu a cidade de Tiro, no mesmo ano de 332 conquistou o
Egito.
E
em 331 no Egito fundou uma cidade com o seu próprio nome Alexandria, e se
declarou o sucessor dos faraós do Egito, ainda no ano de 331, conquistou a Mesopotâmia
que era o coração do império Persa, neste mesmo ano a Babilônia, Suzan,
Percepolis a capital Persa. E as riquezas destes impérios passaram para as mãos
de um jovem, que tinha apenas 25 anos de idade.
Em
10 anos Alexandre marchou com seus soldados 16 mil Km, e não descansou ate
conquistar a Índia. Quando Alexandre voltou para babilônia tinha apenas 32 anos
de idade, ele planejava fazer de Babilônia a capital do seu reino, porem quando
ele planejou fazer de babilônia a capital do seu império, ele esbarrou em uma
profecia Bíblica. Isaias 13:19 a 22.
Babilônia, a glória dos reinos,
o esplendor e o orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as
transtornou.
Nunca mais será habitada, nem
nela morará alguém de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda;
nem tampouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos.
Mas as feras do deserto
repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais; e ali
habitarão as avestruzes, e os sátiros pularão ali.
As hienas uivarão nos seus
castelos, e os chacais nos seus palácios de prazer; bem perto está o seu tempo,
e os seus dias não se prolongarão.
Nunca
mais será habitada. Este foi o erro de Alexandre o grande, este também foi o
erro de Saddam Hussein, Deus disse que babilônia nunca mais seria habitada, e
realmente nunca mais o foi, Saddam quando foi morto estava reconstruindo
Babilônia, ele já tinha construído dois palácios em Babilônia e ele se
intitulava o Nabucodonozor moderno.
Quando
um ser humano se levanta contra uma profecia Bíblica, esta se levantando contra
Deus.
Alexandre
morreu em Babilônia justamente quando estava fazendo planos para Babilônia ser
a capital do seu império, muitos não fazem ligação entre a profecia de Isaias,
e a morte de Alexandre, mas Deus disse Babilônia nunca mais será habitada.
Daniel
8:8.
O bode, pois, se engrandeceu
sobremaneira; e estando ele forte, aquele grande chifre foi quebrado, e no seu
lugar outros quatro também notáveis nasceram para os quatro ventos do céu.
A
interpretação vemos em Daniel 8:22.
O ter sido quebrado,
levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão
da mesma nação, porém não com a força dele.
Depois
da morte de Alexandre, surgiriam 4 outros reinos da mesma nação, mas não com a
mesma força. Alexandre tinha 4 generais que após sua morte dividiram o reino em
4 nações, representadas pelos 4 chifres.
Cassandro
ficou com a Macedônia.
Seleuco
ficou com a Síria e a Mesopotâmia.
Ptolomeu
ficou com o Egito e o sul da Síria.
Lisimaco
ficou com a Trácia.
Esses
impérios divididos não eram fortes, pois a profecia nos diz que não teriam a
mesma força do império grego, de Alexandre. Mas no verso 9 do capitulo 8 surge
um novo reino.
Daniel
8:9 a 11.
Ainda de um deles saiu um
chifre pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a
terra formosa;
e se engrandeceu até o exército
do céu; e lançou por terra algumas das estrelas desse exército, e as pisou.
Sim, ele se engrandeceu até o
príncipe do exército; e lhe tirou o holocausto contínuo, e o lugar do seu
santuário foi deitado abaixo.
Este
chifre pequeno é Roma, que se engrandeceu ate o exército do céu, é o povo de
Deus na terra, mais ainda esse reino se engrandeceu até ao príncipe do
exército, o príncipe do exército é Jesus. Este poder que se levantaria depois
do império grego não se levantaria apenas contras os cristãos mas se levantaria
contra o próprio Jesus.
Em
Daniel capitulo 7 nós vemos o surgimento e queda de Babilônia, Medo-Pérsia,
Grécia e Roma imperial e no meio dos 10 chifres representando as 10 nações
surge um chifre pequeno Roma papal.
Só
que no capitulo 8 de Daniel, não se faz diferença entra Roma imperial e Roma
papal ele fala do chifre pequeno que surge depois da Grécia, ele apresenta como
sendo um poder só, um sistema político religioso que perseguiria o povo de
Deus.
Muitos
mártires foram mortos por Roma imperial, e também por Roma papal, o mesmo
objetivo que Roma imperial tinha e fez, Roma papal também fez, se Roma imperial
matou os cristãos Roma papal matou ainda mais, só Roma papal matou mais de 50
milhões de cristãos.
O
coliseu romano que foi construído no primeiro século por Vespasiano imperador
de Roma e por Tito seu filho, o mesmo que invadiu e destruiu Jerusalém no ano
70. Depois passou por algumas modificações no reinado de Domiciano do ano 81
até o ano 96, podendo receber 50 mil pessoas em um só espetáculo.
Este
foi o palco das maiores atrocidades feitas contra os cristãos,segundo a
profecia, este chifre pequeno se levantaria contra o exército do céu contra o
povo de Deus.
Porque
Daniel não faz distinção entre Roma imperial e Roma papal? Porque são a mesma
coisa, o mesmo intuito, a mesma arrogância, a mesma crueldade e o mesmo
propósito, e a sua bandeira não é o Cristianismo e sim o Romanismo. É a salvação pelas obras e não por Jesus, é a
intercessão pelas estatuas e santos mortos, não por Jesus e sua obra no
santuário celestial.
Continua...
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